Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a prisão preventiva de Wladimir Santos Soares, agente da Polícia Federal (PF) investigado por integrar grupo que planejava matar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio Moraes. A decisão, assinada na segunda-feira (27), segue a orientação da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A defesa de Soares solicitou liberdade provisória, alegando que ele sofreu uma embolia pulmonar em dezembro de 2023 e precisa de tratamento médico adequado. Os advogados sustentam que a unidade prisional não possui estrutura para exames laboratoriais que avaliam a coagulação sanguínea e afirmaram que, sem esse acompanhamento, ele “corre sério risco de morte”.
Além de negar o pedido, Moraes determinou que a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal realize um exame médico-legal no detento. O objetivo é verificar sua condição de saúde e a necessidade de tratamento, além de avaliar se a unidade prisional pode fornecer os cuidados necessários.
Soares foi preso em 19 de novembro e, segundo as investigações, teria repassado informações sigilosas sobre Lula aos militares envolvidos na tentativa de golpe após as eleições de 2022. Ele também mantinha vínculos com a campanha petista, o que levantou suspeitas sobre seu papel na articulação criminosa.
A PGR argumentou que o estado de saúde do agente da PF não justifica a revogação da prisão preventiva ou a conversão para prisão domiciliar. “A responsabilidade pela integridade física do preso cabe à administração prisional”, afirmou o procurador Paulo Gonet.
O caso segue em investigação, e a defesa ainda pode apresentar novos recursos. A Secretaria de Administração Penitenciária deve apresentar um laudo sobre a condição do detento antes de novas decisões judiciais.
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