Albino Santos de Lima, de 42 anos, conhecido como o “serial killer de Maceió”: ele é acusado de ter cometido 10 homicídios. Foto: Reprodução

O Ministério Público de Alagoas (MPAL) denunciou Albino Santos de Lima, de 42 anos, identificado pela Polícia Civil como o maior serial killer do estado. Ele é acusado de ter cometido 10 homicídios, sendo sete mulheres e três homens, embora as autoridades suspeitem que o número de vítimas possa ser ainda maior.

Ex-segurança do sistema prisional e filho de um policial militar aposentado, Albino foi preso em setembro de 2024, logo após o assassinato de Ana Beatriz, uma adolescente de 13 anos, no dia do aniversário de sua mãe. A jovem foi baleada na cabeça em uma arena esportiva de Maceió e morreu no Hospital Geral do Estado (HGE).

“Justiceiro”

As investigações apontam que Albino se autoproclamava um “justiceiro”, justificando seus crimes com base no que considerava “comportamentos inadequados” ou supostas conexões com o tráfico de drogas. No entanto, a polícia descartou essas alegações, classificando suas ações como meticulosamente planejadas e realizadas com extrema frieza.

“Ele agia sempre do mesmo modo, geralmente à noite, usando roupas escuras e boné para esconder o rosto. Ele é um predador, um assassino em série, muito frio e calculista”, declarou o delegado Gilson Rego. As vítimas eram abordadas de forma a não terem chances de reação.

Fotos com lápides: serial killer de Alagoas matou ao menos 10 pessoas | Metrópoles
Albino Santos de Lima: investigações apontam que o “serial killer de Maceió” se autoproclamava um “justiceiro”. Foto: reprodução

Desprezo por mulheres

As autoridades também descobriram que Albino possuía um ódio específico contra mulheres. Ele mantinha registros detalhados das vítimas, muitas vezes descritas com termos depreciativos.

Entre os homicídios atribuídos a ele, a maior parte das vítimas eram mulheres jovens, evidenciando um padrão de crimes motivados por preconceitos de gênero. Ele confessou que monitorava as vítimas pelas redes sociais, um comportamento que pode ser comum entre criminosos.

“Estamos lidando com alguém que escolhia suas vítimas com base em critérios absurdos e discriminatórios, agindo de forma cruel e calculada”, afirmou o promotor de Justiça Antônio Vilas Boas.

O celular de Albino

Um ponto-chave nas investigações foi o celular de Albino, que continha informações importantes. “O aparelho revelou pastas como ‘Odiada Instagram’ e ‘Mortes especiais’, onde ele armazenava fotos e nomes de vítimas acompanhados de calendários marcando as datas dos crimes”, explicou o perito criminal José de Farias.

O material também incluía capturas de tela de reportagens sobre os homicídios e fotos tiradas em cemitérios, possivelmente das lápides de algumas vítimas. Além disso, havia registros de assassinatos entre 2019 e 2020, que agora estão sendo investigados.

A denúncia apresentada pelo MPAL em 23 de janeiro de 2025, inclui crimes como os homicídios de Tamara Vanessa dos Santos, do casal Débora Vitória Silva dos Santos e John Lenno Santos Ferreira, além da adolescente Ana Beatriz.

O Ministério Público ressaltou a importância de manter a prisão preventiva do acusado para proteger a sociedade. “Já foi constatado que o suspeito não tem a menor condição de viver em sociedade. Sua liberdade representaria um grande perigo, especialmente diante da sequência de crimes cometidos com total desprezo pela vida humana”, concluiu Vilas Boas.

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Last Update: 28/01/2025