O presidente Lula e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, em evento do partido: ela deve ser nomeada pelo mandatário para uma pasta no Palácio do Planalto. Foto: Brenno Carvalho.

Auxiliares do presidente Lula (PT) afirmam que ele tem considerado nomear Gleisi Hoffmann para a Secretaria-Geral da Presidência, atualmente ocupada por Márcio Macêdo. Essa possível mudança é vista como uma maneira de resolver a sucessão da presidência do PT, conforme informações do Globo.

Para aliados de Edinho Silva, candidato ao comando da sigla, é crucial que Lula defina o futuro de Gleisi como parte do processo eleitoral interno do partido. Segundo auxiliares do presidente, a ida de Gleisi para o governo poderia desestimular o surgimento de outras candidaturas que agravassem divisões internas.

Interlocutores apontam que Lula reconhece a boa relação de Gleisi com movimentos sociais, além de sua capacidade de mobilização junto à esquerda e na defesa do governo. A Secretaria-Geral da Presidência, chefiada por Macêdo, é responsável pela interlocução com a sociedade civil.

Há a expectativa de que Gleisi seja convidada a integrar o governo antes do fim do processo eleitoral da legenda, previsto para junho. No entanto, a demora de Lula em realizar trocas é um ponto de atenção. Um exemplo citado é a substituição de Paulo Pimenta na Secretaria de Comunicação Social (Secom), que foi decidida em setembro, mas só concretizada em dezembro.

Gleisi Hoffmann: 'R$ 53 bilhões em emendas parlamentares é um ultraje'
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann: a petista pode ser nomeada para a Secretaria-Geral da Presidência. Foto: Reprodução.

A mudança envolvendo Gleisi deve ocorrer de forma mais rápida, nas próximas semanas, após a eleição das Mesas da Câmara e do Senado. A presidente do PT, no entanto, afirmou a aliados que ainda não recebeu convite de Lula.

Caso essa nomeação se concretize, haverá impacto na dinâmica do Palácio do Planalto. Desde a substituição de Paulo Pimenta por Sidônio Palmeira na Secom, o núcleo próximo de Lula tem se reposicionado, com o fortalecimento de Rui Costa, ministro da Casa Civil, enquanto Alexandre Padilha, de Relações Institucionais, e Márcio Macêdo permanecem mais distantes.

Internamente, petistas avaliam que Macêdo tem tido uma atuação discreta em uma pasta que, historicamente, teve destaque nos governos do PT, com capacidade de articulação e formulação de políticas. Nos dois primeiros mandatos de Lula, a função foi desempenhada por Luiz Dulci, um dos fundadores do partido e aliado de longa data.

Apesar das críticas, aliados de Macêdo destacam que Lula ficou satisfeito com sua atuação na organização do G-20 social, realizado em novembro do ano passado. O ministro também deve organizar a participação da sociedade civil na COP 30 que ocorre em novembro.

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Last Update: 28/01/2025