Ao recepcionar a Polícia Federal em sua casa no dia de sua prisão, em 14 de dezembro de 2024, o general Walter Braga Netto, ex-ministro do governo de Jair Bolsonaro e um dos arquitetos do plano de golpe de Estado, quis saber se o general Augusto Heleno também seria preso naquela manhã.
A informação é da coluna da jornalista Juliana Dal Piva no ICL Notícias, que conta os bastidores do dia em que Braga Netto foi preso pela PF no âmbito das investigações que apuram a tentativa de golpe para manter Bolsonaro no poder e impedir a posse de Lula.
Assim como Braga Netto, Heleno apareceu nas investigações como o general que assumiria um gabinete de crise tão logo o golpe fosse dado.
Braga Netto foi além: entre seus feitos, ele pressionou militares de alta patente a aderir ao golpe e também se reuniu com agentes que estavam por trás do plano de sequestrar e assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
Segundo a coluna de Dal Piva, Braga Netto e família não demonstraram surpresa com a chegada da PF para uma busca e apreensão e execução da prisão preventiva. Na sede da PF do Rio de Janeiro, mais tarde, Braga Netto só reclamou de terem mandado um “pica-fumo” – militar de patente inferior à dele – para acompanhar a ordem de prisão emitida pelo STF. Foi um coronel quem liderou a equipe de militares que acompanhou a viagem até a casa de Braga Netto.
Ainda de acordo com a coluna, em nenhum momento Braga Netto perguntou aos policiais se Jair Bolsonaro também estava sendo alvo de ordem de prisão.
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