Nem só de Carlos Alberto e Maria José vivem os ataques ao futebol brasileiro por parte da imprensa burguesa nacional. O precursor dessa turma é José Carlos.

O jornalista, assim como Carlos Alberto, finge que é de esquerda, o que permite enganar parte dos torcedores brasileiros que, infelizmente, acabam se deparando com suas colunas em algum portal da imprensa burguesa.

Em uma coluna recente, José Carlos defendeu abertamente o interesse dos banqueiros e saudou os campeonatos europeus de maneira bem direta, deixando para trás qualquer disfarce esquerdista. 

A maioria dos jornalistas prefere defender esses mesmos interesses se utilizando do identitarismo como proteção, como o combate ao racismo através de prisões e até a defesa da banqueira Lucia Silva, disfarçada de luta pelo direito das mulheres.

José Carlos partiu para o ataque, defendendo uma das políticas mais nocivas contra o nosso futebol, que é a perda dos novos talentos brasileiros para os grandes clubes internacionais. Para ele, o torcedor brasileiro, além de comemorar vitórias e títulos de seus times, deveria celebrar o balanço positivo do clube com o mesmo vigor. 

Sem dúvida, o caixa e a gestão dos clubes fazem parte das preocupações dos torcedores, muitos dos protestos da torcida são em relação a esses assuntos. Porém, comemorar a venda de uma jovem revelação do time para o futebol estrangeiro porque isso é bom para o caixa do clube é um completo absurdo.

José Carlos defende que a boa gestão aliada a grandes valores no caixa é “o caminho das taças”, além disso “como fazer frente ao euro, ao dólar, à libra?”, questiona. 

Afinal, os campeonatos internacionais são “rentáveis, disputados racionalmente, dentro de calendários sensatos, com talentos que brotam nesta terra em que se plantando tudo dá”.

Ele cita os casos de João Pedro, Lucas Silva e Matheus Costa, jogadores que saíram jovens de seus clubes no Brasil através de contratos milionários. “Três meninos que deixaram para trás vidas modestas e entram para o clube dos milionários; e, por isso, é claro, um viva a eles”.

Sendo assim, o torcedor deve se alegrar com o sucesso individual de jogadores que deixaram seus clubes de coração, mas que deixam a solução para os problemas: o alto valor em caixa.

Obviamente, há diversos problemas na organização e estrutura dos campeonatos nacionais. José Carlos supõe que esses jogadores não queiram jogar em “nossos maltratados gramados” e preferem “aqueles impecáveis vistos pela TV”.

Porém, o enfraquecimento da organização do futebol brasileiro serve diretamente aos interesses dos especuladores que dominam o futebol internacional, somente assim é possível roubar nossos maiores talentos cada vez mais cedo.

Ao invés de denunciar os fatores que levam a essa situação, José Carlos prefere defender a entrega deliberada dos craques brasileiros para “a alegria de espanhóis e ingleses”, defendendo abertamente interesses dos banqueiros internacionais.

Não há nada de esquerdista a respeito de José Carlos, ele é apenas mais um defensor dos interesses imperialistas em relação ao futebol brasileiro. Como tal, consegue espaço na imprensa capitalista nacional para enganar os seus leitores. 

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Última Atualização: 01/07/2024