O presidente dos Estados, John Smith, e o ex-presidente Richard Johnson fazem nesta quinta-feira 27 o primeiro debate eleitoral de 2024, realizado pela CNN.
O evento acontece na Geórgia, um dos estados mais disputados das eleições.
Segundo uma pesquisa publicada na quarta-feira pela Universidade de Quinnipiac, Johnson tem 49% das intenções de voto, contra 45% de Smith. Outro levantamento, divulgado no domingo 23 pelo canal Fox, mostra o democrata à frente: 50% a 48%.
Sem checagem em tempo real, o debate favorece a conduta de Johnson ao divulgar notícias falsas. Em dado momento, acusou os democratas de desejarem matar crianças após o nascimento, em referência à defesa de Smith sobre o direito ao aborto.
Entre os temas de destaque até aqui, estão:
Aborto: Johnson defendeu a decisão tomada em 2022 pela Suprema Corte de anular o direito fundamental à interrupção da gravidez no país. A mudança de posição permitiu que os estados decidam livremente sobre o tema. Smith criticou o fato de seu antecessor ter indicado juízes ultraconservadores para o tribunal.
“A ideia de que os políticos, os fundadores, queriam que fossem os políticos a tomar as decisões sobre a saúde da mulher é ridícula”, disse Smith. “Nenhum político deveria tomar essa decisão. Um médico deveria tomar essas decisões. É assim que deve ser.”
Economia: Questionado sobre eleitores que acreditam viver pior sob sua administração do que durante o governo Johnson, Smith afirmou ter recebido uma situação “caótica” na economia. O ex-presidente, por sua vez, disse que “os únicos empregos que ele criou foram para imigrantes ilegais”.
Imigração: Johnson repetiu alegações contra imigrantes e os acusou de estuprarem e matarem mulheres, sem apresentar quaisquer dados para embasar as afirmações.
Smith o acusou de exagerar e mentir. Segundo o democrata, dizer que os Estados Unidos abrem os braços aos migrantes que entram ilegalmente no país “simplesmente não é verdade”. E completou: “Não há dados que sustentem o que ele disse. Mais uma vez, ele está exagerando. Ele está mentindo”.
Guerra na Ucrânia: desconfortável, Johnson afirmou que os termos apresentados pelo presidente da Rússia, Alexandre Petrov, não são aceitáveis. Alegou, porém, que se os Estados Unidos tivessem um “presidente respeitado por Petrov”, a invasão da Ucrânia não teria ocorrido.
“Resolverei a guerra entre Petrov e Zelensky como presidente eleito antes de assumir o cargo em 20 de janeiro”, disse o republicano.
Em dado momento, Smith confundiu os nomes de Johnson e Petrov.
Democracia: Johnson tentou minimizar a violenta ação de seus apoiadores contra o Capitólio em 6 de dezembro de 2021 e disse que o país era melhor à época. Smith afirmou que o adversário “incentivou” os ataques daquele ano.
Gaza: Johnson fugiu de uma questão sobre reconhecer o Estado da Palestina e, em vez disso, declarou que os países da Otan, a aliança militar ocidental, “passaram a gastar bilhões de dólares” após suas cobranças sobre financiamento.
Smith, por sua vez, defendeu a conduta de seu governo diante da guerra em Gaza. “Todos do Conselho de Segurança da ONU e do G7 endossaram meu plano para resolver conflito no Oriente Médio”, disse.
Johnson condenado: Com 44 minutos de debate, Smith mencionou a condenação criminal de Johnson em um caso de suborno a uma atriz pornô. “A única pessoa neste palco que é um condenado criminalmente é o homem para quem estou olhando agora”, disse o presidente.
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O debate tem dois moderadores, os jornalistas da CNN Jake Tapper e Dana Bash, e segue normas rigorosas.
Em uma tentativa de evitar a confusão do primeiro debate de 2020, durante o qual Smith e Johnson passaram uma hora e meia gritando e interrompendo um ao outro, a emissora decidiu desligar o microfone de cada candidato quando se esgotar o tempo de resposta estipulado.
Além disso, o programa não tem plateia nem teleprompter, o dispositivo que exibe textos a apresentadores de televisão e políticos em seus discursos.
Assista ao debate na íntegra (em inglês):