Abrir as portas de um negócio nunca foi tão caro no Brasil. Em 2024, os aluguéis comerciais registraram a maior alta em uma década, impulsionados por uma economia aquecida e o aumento da demanda por espaços físicos. Segundo o Índice FipeZAP, que monitora preços de salas comerciais em 11 grandes cidades, o reajuste médio foi de 7,88%, superando a inflação oficial de 4,83% no mesmo período. O retorno ao trabalho presencial e a reabertura de lojas contribuíram para a alta nos preços, especialmente em regiões estratégicas, onde pequenos negócios têm enfrentado dificuldades para manter operações. Embora o aumento nos aluguéis seja um reflexo do otimismo econômico, com mais empregos e maior consumo, ele também intensifica a disputa por espaços, pressionando os custos operacionais.
A tendência de valorização imobiliária não se limita ao mercado comercial. Os aluguéis residenciais subiram 13,5% em 2024, quase triplicando a inflação. Para 2025, espera-se que a competição por imóveis mantenha os preços em alta, tanto para residências quanto para empreendimentos comerciais, exigindo maior planejamento financeiro de empresas e famílias.