O Nova Indústria Brasil (NIB) completou um ano de operação com um aumento expressivo nos recursos destinados ao setor industrial.
Inicialmente, o programa contava com R# 300 bilhões previstos até 2026, mas o valor subiu para 506,7 bilhões.
Esse crescimento foi possível graças à adesão de novas instituições financeiras e ao aumento de aportes por parte de parceiros já envolvidos.
Segundo a Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o Banco do Nordeste e o Banco da Amazônia foram alguns dos novos participantes. A Finep, por exemplo, ampliou sua participação, passando a gerir R$ 51,6 bilhões.
Diversificação das linhas de crédito
Atualmente, mais de 500 linhas de crédito estão disponíveis por meio do Sistema Nacional de Fomento (SNF). Esses recursos são distribuídos por instituições como o BNDES, a Finep, o Banco do Nordeste e o Banco da Amazônia, além de cooperativas e agências de fomento.
A ABDE estima que instituições financeiras subnacionais podem contribuir com pelo menos R$ 1 bilhão em recursos próprios. Esses valores serão direcionados para áreas como agroindústria sustentável, infraestrutura urbana, transformação digital e bioeconomia.
Resultados alcançados
De acordo com Celso Pansera, presidente da ABDE e da Finep, o NIB representa um avanço na reindustrialização do país. “O primeiro ano do programa é um marco histórico. Ele mostra como o Brasil pode aliar desenvolvimento econômico, sustentabilidade e inovação”, afirmou.
Dados do BNDES revelam que, até novembro de 2023, foram aprovados R$ 171,1 bilhões em financiamentos para cerca de 133,5 mil projetos. Desse total, 73,4% foram destinados a iniciativas de aumento da produtividade, enquanto 17,5% foram para exportações.
Impacto no cenário industrial
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços destacou que o Brasil subiu 30 posições no ranking mundial de produção industrial, alcançando o 40º lugar. A taxa de desemprego caiu para 6,1%, e o PIB cresceu 3,5% em 2023.
A indústria registrou alta de 3,3%, e a agroindústria cresceu 4,2%. A capacidade instalada da indústria atingiu 83%, o maior nível em 13 anos. Além disso, as exportações bateram recorde, chegando a US$ 181,9 bilhões, o maior valor desde 1997.
Perspectivas para o futuro
A pesquisa da ABDE aponta que, após um ano de forte desempenho, o setor industrial pode crescer de forma mais moderada em 2025. A adoção de estratégias financeiras adequadas será importante para manter a competitividade e o crescimento do setor.
O Banco da Amazônia, por exemplo, além de contribuir com R$ 14,4 bilhões para o NIB, está implementando iniciativas como o Selo Verde e o Selo Amazônia. Essas medidas visam fortalecer cadeias produtivas sustentáveis e ampliar o acesso a mercados internacionais.
Investimentos em infraestrutura
Os investimentos em infraestrutura também tiveram um salto significativo, passando de R$ 188 bilhões em 2022 para 260 bilhões em 2024.
O Brasil se consolidou como o segundo maior receptor de investimentos estrangeiros diretos no mundo em 2023.