O então candidato Donald Trump devolve uma bandeira LGBT, entregue por um apoiador, a um assessor durante um comício de campanha no Colorado, em outubro de 2016. Foto: Reprodução.

O governo Trump implementou medidas de censura nos sites federais, removendo termos como gay, lésbica, bissexual, LGBTQ, HIV, orientação sexual e transgênero. Segundo um levantamento da ONG GLAAD, que há décadas monitora a mídia LGBTQIA+, essas referências foram eliminadas logo no início do segundo mandato de Trump. Com informações do G1.

A exclusão dos tópicos foi detectada no site oficial da Casa Branca, onde as menções desapareceram desde segunda-feira, após a posse do presidente. Na mesma ocasião, Trump assinou uma ordem executiva que definiu como política oficial do governo o reconhecimento de apenas dois sexos: masculino e feminino.

De acordo com o decreto, os sexos são imutáveis e baseiam-se em uma “realidade fundamental e incontestável”. O texto especifica que mulheres são aquelas que produzem “a grande célula reprodutiva”, enquanto homens são definidos como os que produzem “a pequena célula reprodutiva”.

Intitulada “Defendendo as mulheres do extremismo da ideologia de gênero e restaurando a verdade biológica ao governo federal”, a ordem executiva exige a retirada de todas as políticas, formulários e orientações ligadas ao que o governo chama de “ideologia de gênero radical”. A medida também proíbe o uso de recursos federais ou programas públicos para promover qualquer iniciativa relacionada a essa ideologia.

Apoiadores dos direitos LGBTQ participaram de uma manifestação em frente à Suprema Corte dos EUA em 2019. Foto: reprodução

Passaportes e outros documentos emitidos pelo governo agora terão apenas as opções de gênero masculino ou feminino, revogando a política implementada por Biden, que havia introduzido o marcador de gênero X para pessoas não binárias ou intersexuais.

Antecipando essas mudanças, a GLAAD começou a catalogar conteúdos inclusivos em sites governamentais, como o WhiteHouse.gov, Departamento de Defesa e Departamento de Estado. Foram identificados 54 links na Casa Branca e outros 12 em cada uma das demais instituições. Desde segunda-feira, todas essas páginas foram removidas.

Sarah Kate Ellis, presidente da GLAAD, criticou as ações do governo Trump, alegando que elas visam dificultar o acesso da comunidade LGBTQIA+ a recursos federais e apagar sua representatividade. “O presidente afirma defender a liberdade de expressão, mas está claramente empenhado em censurar qualquer informação relacionada a americanos LGBTQ e às questões que enfrentamos”, afirmou Sarah.

Essas mudanças, de acordo com a GLAAD, têm como efeito excluir da realidade americana os três milhões de cidadãos que se identificam como trans.

Conheça as redes sociais do DCM:
⚪️Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo
🟣Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line

Categorized in:

Governo Lula,

Last Update: 23/01/2025