A privatização da Sabesp é um erro grave e mais uma prova de que a lógica privatista não melhora os serviços e só piora da vida do trabalhador e da população, a prova disso estamos vendo no valor das contas de água. Segundo reportagem do G1 São Paulo, tem paulistano recebendo conta de mais de R$ 10 mil.

Na comunidade da Favela do Nove, na Vila Leopoldina (SP), os moradores estão pagando o preço amargo dessa decisão. Maria Helena, moradora da região, recebeu um boleto de mais de R$ 10 mil pela conta de água, um valor absurdo para quem vive em um espaço de apenas dois cômodos e não tem condições de arcar com tal cobrança. E, infelizmente, esse não é um caso isolado – diversas famílias da região estão enfrentando situações semelhantes, com erros na medição e cobrança incorreta de tarifas residenciais, em vez da tarifa social destinada a quem realmente precisa.

Desde 2021, a Sabesp iniciou a regularização das conexões de água e a instalação de hidrômetros, com o objetivo de garantir o acesso ao saneamento básico. No entanto, a falta de critérios adequados e a desconsideração da realidade socioeconômica das comunidades expõem a fragilidade do processo e a falência de um modelo privatizado que prioriza o lucro em detrimento das necessidades da população.

Para a direção do Sintaema, a privatização da Sabesp, concretizada de forma controversa e criticada por especialistas, foi um verdadeiro desmonte do serviço público essencial. O controle da companhia foi transferido para o grupo Equatorial Energia, em condições que levantam sérias suspeitas, como denunciou o Sindicato em diversas ações desde o avanço do projeto do governador Tarcísio de Freitas. Vale lembrar que as ações foram vendidas por um valor abaixo do mercado, o que gerou uma possível perda de R$ 1,8 bilhão para o estado de São Paulo.

O Sindicato destaca que a privatização coloca em risco não apenas as tarifas sociais, mas também a qualidade dos serviços prestados à população mais vulnerável. A lógica de maximizar lucros, que permeia as empresas privatizadas, ignora completamente as necessidades básicas de quem depende da água potável para sobreviver.

A privatização só tem agravado os desafios enfrentados pelas comunidades, transformando um direito humano essencial em um privilégio acessível apenas a alguns.

A direção do Sindicato destaca que o caso da Favela do Nove é apenas a ponta do iceberg. É urgente que a sociedade se una para defender um saneamento público, acessível e de qualidade, que coloque as pessoas acima do lucro.

O Sintaema segue firme em sua luta contra o desmonte da Sabesp e pelo direito à água como um bem público, essencial para a dignidade e a saúde de todos.

Privatização, não!

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Last Update: 23/01/2025