O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) falando, sério, sem olhar para a câmera, de camiseta branca
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em entrevista à rádio AuriVerde Brasil – Reprodução/X

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta quarta-feira (22), que somente declarará apoio a um candidato de direita na eleição presidencial de 2026 “aos 48 (minutos) do segundo tempo”. O ex-mandatário, que está inelegível até 2030 após condenação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2023, destacou que sua ausência compromete a democracia no próximo pleito.

Em entrevista à rádio AuriVerde Brasil, Bolsonaro afirmou irritado: “Quem vai ser o cara da direita? Tem que ser Jair Bolsonaro. Não será democrática, a eleição de 2026, sem a minha presença. Quem você vai apoiar? Só falo algo parecido aos 48 do segundo tempo, quando eu realmente não tiver mais chance”.

A parte curiosa fica por conta da “defesa da democracia” vinda do homem que tentou um golpe de Estado violento para se manter na Presidência depois de ser derrota por Lula (PT) em 2022.

Durante a mesma entrevista, o ex-presidente declarou viver com a constante sensação de que será alvo de uma operação da Polícia Federal (PF). Ele é investigado em três inquéritos distintos e expressou preocupação com a possibilidade de prisão: “Eu acordo todo dia com a sensação da PF na porta. Qual acusação? Não interessa”.

Entre as investigações envolvendo Jair Bolsonaro estão suspeitas de fraude no cartão de vacinação para viajar aos Estados Unidos, irregularidades relacionadas às joias da Arábia Saudita e participação em uma suposta trama golpista. Em novembro de 2024, ele foi indiciado pela PF por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa.

Os crimes pelos quais o político do PL foi indiciado podem acarretar penas de até 28 anos de prisão. Além disso, mesmo após cumprir eventual pena, ele estaria inelegível até 2061 devido à aplicação da Lei da Ficha Limpa, que prevê acréscimos no prazo de inelegibilidade.

O TSE considerou que Bolsonaro cometeu abuso de poder político ao atacar, sem provas, as urnas eletrônicas durante uma reunião com embaixadores antes da eleição de 2022. Essa decisão resultou em sua inelegibilidade até 2030.

O ex-chefe do governo brasileiro ainda não indicou um nome de sua preferência para concorrer à Presidência em 2026. Contudo, em entrevista realizada em novembro, revelou que aposta em uma mobilização no Congresso Nacional para tentar reverter sua inelegibilidade.

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Last Update: 23/01/2025