Uma pauta que ganhou força na mídia israelense é a crise do Exército, onde inclusive a última operação lançada na Cisjordânia é considerada um truque para iludir o público.
Citando o jornal israelense Haaretz, o site libanês Al Mayadeen aborda a nova crise militar de Israel em meio a tensões agudas e muitas renúncias sem substituição após 15 meses de guerra contra o grupo palestino Hamas.
“Vou carregar esse fracasso comigo pelo resto da minha vida”, disse o Chefe do Estado-Maior Geral Herzi Halevi, que apresentou sua denúncia junto com o líder do Comando Sul Yaron Finkelman.
Tal saída teria sido motivada pelo Ministro da Segurança Israel Katz, que deixou a situação de Halevi “miserável” até que entregasse sua renúncia, e existe a possibilidade de que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu adote tal mecanismo com o chefe do Shin Bet, esperando que mais oficiais apresentem sua renúncia.
Essa reforma nas Forças Armadas tem como pano de fundo a formação de um comitê investigativo para apurar as razões e os fracassos da guerra, e que Netanyahu tem atuado para impedir que esse comitê seja estruturado.
Sobre a operação lançada na Cisjordânia, a mídia israelense apontou a semelhança com uma operação anterior para enganar o público, uma vez que o premiê a apresenta como uma recompensa a Bezalel Smotrich – ressaltando que a ameaça à adoção do acordo de troca de prisioneiros pode vir da Cisjordânia à luz desses desenvolvimentos, por conta dos ataques de colonos israelenses que levarão a mais ataques retaliatórios do lado palestino.