O governo de Donald Trump cancelou a chegada de refugiados que já haviam sido autorizados a entrar nos EUA durante a gestão de Joe Biden, informou a agência Associated Press (AP). A medida foi oficializada em uma ordem executiva assinada pelo chefe de Estado americano na segunda-feira (20) e inclui a suspensão indefinida do Programa de Admissão de Refugiados, responsável por processar pedidos de refúgio.
O cancelamento afeta milhares de pessoas que passaram por um rigoroso processo de triagem para obter o status de refugiados. O programa permitia que indivíduos fugindo de conflitos, violência ou perseguição pudessem se estabelecer nos EUA. Entre os prejudicados estão mais de 1.600 afegãos que trabalharam em parceria com tropas americanas durante a guerra no Afeganistão.
Inicialmente, a ordem previa que refugiados com viagens marcadas até 27 de janeiro poderiam entrar no país, mas a decisão foi alterada e a suspensão entrou em vigor imediatamente. Um comunicado interno do Programa de Admissão de Refugiados afirmou que “todas as chegadas foram interrompidas até novo aviso”.
A medida faz parte de uma série de ações anti-imigração de Trump, que também declarou emergência na fronteira com o México, anunciou deportações em massa e quer revogar a cidadania automática para filhos de imigrantes ilegais. A nova política amplia o cerco a estrangeiros, atingindo até mesmo refugiados já aprovados.
Refugiados seguem um processo diferente de solicitantes de asilo na fronteira. Eles são indicados pela ONU e passam por uma triagem extensa antes de serem autorizados a viajar para os EUA. Ao chegar, recebem suporte de agências de reassentamento para se adaptarem à nova vida.
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