Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) têm citado o famoso bordão de Galvão Bueno, “Vai se criando um clima terrível”, diante da polêmica sobre a fiscalização das transações via Pix.
Internamente, há divergências sobre a recente normativa da Receita Federal e sobre se era melhor ter recuado ou não.
O novo ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), Sidônio Palmeira, encerrou a discussão ao defender que as fake news sobre o assunto estavam “consolidadas” e já não havia mais o que fazer quanto à estratégia de mídia.
Segundo a jornalista Andréia Sadi, a estratégia agora é alinhar as ações dos ministérios com a Secom. A ideia é que, antes de qualquer decisão, os ministros procurem a secretaria para discutir a estratégia de informe ao público.
O governo reconhece que, embora seja analógico, tem estrutura para se tornar digital, “pois tem um produto carismático, comunicativo e que fala a linguagem do povo: o presidente Lula”, conforme publicado pela jornalista. O petista precisa ser convencido de que o uso de redes sociais, e não mais o palanque, tem mais efeito e capacidade de engajamento com o público.
Assessores próximos de Lula defendem que o presidente deve tomar as rédeas da estratégia digital. ”É Lula quem tem que falar. É o comandante. É muito bom de palanque, mas não de rede social. Estamos pensando formatos”.
Uma das ações que o governo busca implementar é intensificar o monitoramento das redes sociais para captar a percepção pública e transformar isso em ações com o presidente à frente.