Nesta terça-feira (21), Nail Olpak, presidente do Conselho Turco de Relações Econômicas Exteriores (DEIK), declarou que a Turquia poderá retomar relações comerciais com “Israel” “se a paz for permanente” em Gaza.
Em novembro de 2024, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, declarou que “nós, como República da Turquia e seu governo, atualmente cortamos todas as relações com Israel”. O suposto rompimento completo de relações teve como justificativa o genocídio da entidade sionista contra os palestinos, especialmente da Faixa de Gaza, assim como os ataques criminosos de “Israel” contra a população civil do Líbano.
Apesar das declarações, investigações apontam que a Turquia nunca parou de exportar armas para “Israel”, o que estaria sendo feito através de embarcações formalmente destinadas ao Port Said, Egito, mas que estariam desligando seus transponders (equipamento de rastreio) e atracando em “Israel”, conforme noticiado pela emissora Press TV. Segundo analistas, a Turquia também teria realizado o mesmo esquema com navios supostamente destinados à Palestina e a Grécia para manter suas relações comerciais com a entidade sionista.
Denúncia no mesmo sentido foi feita por membros do parlamento turco, como Omer Faruk Gergerlioglu, que declarou nesta segunda-feira (20) que “navios teriam simulado a desativação de seus localizadores e sinalizado um curso em direção à Itália; no entanto, a análise de imagens de satélite revelou que o Nissos Delos e o Seavigor estavam na verdade a caminho dos portos de Haifa e Ashdod nos territórios ocupados, transportando petróleo”.
Gergerlioglu também denunciou que a Turquia estaria atuando como intermediário da venda de petróleo do Azerbaijão para “Israel”, permitindo o trânsito da matéria prima por seu território e lucrando com o comércio.