Apenas dois dias após o início do cessar-fogo na Faixa de Gaza, o Exército de Israel lançou uma operação militar de larga escala em Jenin, no norte da Cisjordânia.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a ação tem como objetivo “combater o terrorismo”. As Forças de Defesa de Israel (IDF) confirmaram a operação em comunicado oficial.
“Por orientação do gabinete de segurança e política, o Exército de Defesa de Israel (IDF), o Shin Bet e a Polícia de Israel iniciaram hoje uma operação militar abrangente e significativa para erradicar o terrorismo em Jenin – chamada de ‘Muro de Ferro’”.
Segundo o Ministério da Saúde palestino, a ação já deixou seis mortos e 35 feridos, embora a mídia local relate oito mortes e até 70 feridos.
Um líder comunitário, sob anonimato, descreveu à Folha um “enxame de soldados” invadindo o local após explosões nas primeiras horas do dia. Em resposta, o Hamas e a Jihad Islâmica convocaram uma mobilização para enfrentar os ataques israelenses.
O acordo de cessar-fogo entrou em vigor no último domingo (19/01), e deveria interromper os ataques e bombardeios na ação mais mortal já realizada em Gaza, além de viabilizar a libertação dos reféns mantidos pelo grupo palestino desde 07 de outubro de 2023.
No entanto, a política de extermínio de Benjamin Netanyahu parece não ter dado tréguas. Nesta segunda-feira, inclusive, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, alertou sobre o que pode vir pela frente, como uma eventual anexação da Cisjordânia por parte de Israel. “Grave violação do direito internacional”.
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