O recém-empossado presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu nesta segunda-feira 20 indultar os cerca de 1.500 condenados por invadir o Capitólio em 2021. Entre os perdoados por Trump está Enrique Tarrio, sentenciado a 22 anos por comandar o ataque.
Ex-líder do grupo Proud Boys, organização neofascista de extrema-direita exclusivamente masculina, ele recebeu a condenação mais longa dos acusadas por conexão com o 6 de janeiro. Os invasores agrediram com barras de ferro os policiais e quebraram vidraças antes de entrar no Capitólio para tentar impedir a certificação da vitória de Joe Biden sobre Trump no pleito presidencial de 2020.
Naquele dia, quatro pessoas morreram, duas delas por ataque cardíaco e outra por uma possível overdose. A última, Ashli Babbitt, foi morta por um policial quando tentava entrar à força na Câmara de Representantes.
De acordo com o juiz do caso, Timothy Kelly, Tarrio “foi o líder máximo” da conspiração que culminou no maior atentado contra a democracia americana em décadas.
No julgamento dele e de outros quatro Proud Boys em 2023, a Promotoria apresentou uma lista de mensagens de texto, publicações em redes sociais e vídeos como prova de uma conspiração coordenada para tentar impedir a certificação do resultado da eleição, vencida pelo democrata Joe Biden.
Mesmo antes do ataque, Tarrio estava entre as figuras de extrema direita mais conhecidas dos EUA, tendo se envolvido em protestos violentos como um comício neonazista em Charlottesville, no estado da Virgínia, em agosto de 2017.
O extremista entrou para os Pround Boys em 2017 e em 2018 se tornou um membro de quarto grau da organização. Esta é uma distinção reservada para aqueles que entram em uma briga física “pela causa” por dar um soco em uma pessoa que ele acreditava estar alinhada com a Antifa.
Ele assumiu o papel de presidente da organização em 29 de novembro de 2018, sucedendo Jason Lee Van Dyke.