Na terça-feira (21), o chefe do Estado Maior das Forças Armadas de “Israel” anunciou a sua renúncia. O Tenente Coronel Herzi Halevi, que dirigiu o exército de ocupação durante a maior derrota da história de “Israel” em Gaza, publicou uma carta aberta sobre sua renúncia.
Ele destacou que: “na manhã de 7 de outubro [de 2023], sob o meu comando, as FDI [exército de ‘Israel] falharam em sua missão de proteger os cidadãos de Israel. O Estado de Israel pagou um preço pesado e doloroso — em vidas perdidas, em reféns feitos e nas pessoas feridas, tanto fisicamente quanto emocionalmente. Os atos corajosos de muitos — membros das forças de segurança, soldados e comandantes das FDI e civis corajosos — não foram suficientes para evitar essa grande tragédia. A minha responsabilidade por essa falha terrível me acompanha todos os dias, todas as horas, e permanecerá comigo pelo resto da minha vida”.
O general afirma que “Israel” teve muitas vitórias, o que não faz sentido, afinal ele não renunciaria em caso de vitória. E depois afirma: “essas realizações vieram a um preço alto. Sofremos a perda de alguns dos nossos melhores guerreiros, as famílias de luto cresceram em número e a guerra deixou profundas feridas e cicatrizes em muitos. As FDI sempre estarão comprometidas com essas famílias e com a memória dos caídos”.
E segue: “os objetivos da guerra ainda não foram totalmente alcançados. As FDI continuarão a lutar para desmantelar a governança e as capacidades militares do Hamas, para garantir o retorno de todos os reféns e para fortalecer as condições de segurança que permitirão o retorno seguro dos moradores às suas casas no sul e no norte”.
O que ele não afirma é que o exército sionista foi derrotado pelo Hesbolá em novembro de 2024 e pelo Hamas em janeiro de 2025. E, ao que tudo indica, a resistência apenas se fortaleceu e o exército sionista apenas se desmoralizou.
Ele conclui: “em reconhecimento à minha responsabilidade pela falha das FDI em 7 de outubro, e em um momento em que as FDI registraram conquistas extraordinárias e restauraram a dissuasão e a força de Israel, solicito a conclusão do meu mandato em 6 de março de 2025”.
A crise total no Estado de “Israel” é uma das grandes demonstrações de que o Hamas teve uma vitória gigantesca em Gaza. O governo Netaniahu ainda corre risco de cair antes mesmo do fim do acordo de cessar-fogo em Gaza.