Um adolescente de 16 anos teria gravado vídeos que mostram um homem com características semelhantes às do deputado bolsonarista Professor Alcides (PL-GO) sem roupas após uma suposta relação sexual.
Segundo o jovem, o envolvimento começou quando ele tinha 13 anos e foi convidado para uma peneira de futebol na casa do parlamentar, em Aparecida de Goiânia. A denúncia levou à prisão de três homens ligados ao deputado.
Ameaças
De acordo com o inquérito da Polícia Civil de Goiás, em janeiro de 2024, o adolescente e sua mãe foram ameaçados por homens armados que exigiram as senhas dos celulares do jovem. O roubo dos aparelhos ocorreu após uma abordagem violenta, onde o garoto foi forçado a entrar em um carro e entregar o conteúdo.
Mensagens e áudios interceptados, segundo o Metrópoles, apontam que os homens agiam sob ordens de Eleonora Adjuto, funcionária do gabinete do parlamentar. Um dos áudios indica que novas ameaças ao menor e à mãe dele seriam planejadas. Os celulares do adolescente não foram recuperados, mas as investigações continuam.
Outras vítimas
O adolescente relatou que, além do contato com o deputado, outros jovens foram atraídos com promessas de que poderiam se tornar jogadores de futebol. Ele afirmou que as relações continuaram até outubro de 2024 e que o parlamentar oferecia dinheiro, mas raramente cumpria as promessas.
Parlamentar nega as acusações
A defesa do deputado negou as acusações, alegando que elas são “absolutamente falsas”. Segundo a nota oficial, as imagens seriam montagens criadas com o uso de Inteligência Artificial para manchar a reputação de Alcides.
O advogado de Alcides afirmou que o deputado não possui envolvimento com os fatos e que todas as medidas legais estão sendo tomadas. Ele destacou que as denúncias foram encaminhadas às autoridades para investigar a veracidade.
O bolsonarista ainda rebateu as acusações alegando que elas têm motivação homofóbica. “Deploro a utilização preconceituosa, mesquinha e criminosa de minha pública orientação sexual como arma política. Sou homossexual, não sou bandido”, declarou.
A Polícia Civil segue apurando o caso, que corre sob sigilo. O deputado, devido ao foro privilegiado, não está sendo investigado diretamente pela corporação.
Conheça as redes sociais do DCM:
⚪️Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo
🟣Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line