Chegar a um acordo para pôr fim à agressão israelense e à guerra genocida contra o povo palestino tem sido o objetivo da Resistência durante todos esses meses, disse Abu Obeida, o porta-voz militar das Brigadas Al-Qassam do Hamas, no domingo (19), horas após o acordo de cessar-fogo em Gaza ter entrado em vigor. Em um discurso marcante, o brilhante orador palestino começou saudando o povo de Gaza por criar “uma epopeia histórica” que permanecerá para sempre como um marco na história do povo palestino.
Ele destacou que, durante a Operação Dilúvio de Al-Aqsa, diversas frentes foram abertas contra a entidade de ocupação israelense, e um bloqueio naval foi imposto a ela.
Obeida destacou que a operação introduziu uma nova dinâmica à luta contra a entidade de ocupação, enfatizando que os povos do mundo passaram a reconhecer a própria existência da ocupação como o maior pecado já cometido.
O porta-voz elogiou a unidade dos grupos da Resistência, afirmando: “lutamos ombro a ombro com nossos irmãos em todos os grupos da Resistência como uma entidade com a máxima firmeza em toda a Faixa de Gaza”.
Apesar das circunstâncias aparentemente impossíveis para os padrões militares, de acordo com Abu Obeida, a Resistência enfrentou o inimigo apenas com sua fé e um armamento muito limitado, enquanto a ocupação contou com o apoio das potências militares mais poderosas do mundo.
Ele saudou os grandes líderes da Operação Dilúvio de Al-Aqsa, observando que a grandeza da operação reside no martírio de seus líderes, incluindo os mártires Iahia Sinuar, Ismail Hanié e Saleh al-Arouri.
Obeida explicou que, durante a operação, a Resistência buscou um fim rápido para a guerra para poupar o sangue do povo palestino, acrescentando que “cada gota de sangue derramada nesta terra foi em prol da libertação da terra e das santidades”. Declarando compromisso com o acordo de cessar-fogo, ele deixou claro que isso depende apenas da adesão do inimigo ao cessar-fogo e aos termos do acordo de troca de prisioneiros.
Abu Obeida expressou profunda gratidão a todos aqueles que permaneceram com a Resistência “diante da injustiça e da tirania”. Ele expressou sua gratidão especialmente “aos irmãos sinceros do Ansar Alá” e ao povo iemenita, cujo espírito veemente surpreendeu o mundo. Ele também saudou “os irmãos de armas e de batalha na Resistência Islâmica no Líbano e, por trás deles, o povo livre do Líbano, que, há muito tempo apoia e alia a Resistência Palestina e a revolução há muitas décadas”.
Nesta batalha, o povo libanês “pagou um alto preço com a liderança da Resistência, seus combatentes e os filhos do povo irmão libanês”, destacou o porta-voz das Brigadas Al-Qassam. Eles “encarnaram a unidade de sangue, destino e propósito ao lado de seus irmãos em Gaza e na Palestina”, acrescentou.
Abu Obeida também estendeu saudações sinceras à cidade de Jenin, na Cisjordânia ocupada, descrevendo-a como “irmã espiritual de Gaza” em resistência e firmeza.
Obeida também expressou gratidão ao Irã por seu apoio inabalável e envolvimento nesta luta histórica por meio da Operação Promessa Cumprida e pelo apoio inabalável por todos os meios possíveis. Além disso, ele saudou “a livre Resistência Iraquiana” e os “corajosos combatentes na Jordânia, que cruzaram as fronteiras e apontaram suas armas na direção certa”, juntamente com o povo livre em todo o mundo que se manifestou em solidariedade a Gaza e declarou seu apoio à Resistência.
“Ó nosso povo, reconstruiremos juntos o que a ocupação destruiu”, disse ainda Obeida. “Este inimigo criminoso continua a ser a causa raiz de todo o sofrimento na região”, concluiu.