O empresário Tony Garcia lançou mais uma bomba contra a República de Curitiba na noite de domingo (19), após a Folha de S. Paulo publicar uma matéria citando uma suposta rejeição a um acordo de delação premiada com o ex-deputado federal Eduardo Cunha pela força-tarefa da Lava Jato na capital paranaense.

Tony afirmou, em publicação nas redes sociais [leia a íntegra abaixo], que foi usado por Sergio Moro e Deltan Dallagnol, ex-juiz federal e ex-procurador da República, respectivamente, para tentar intermediar um acordo de colaboração premiada com Cunha, que chegou a ser condenado e preso na Lava Jato.

Segundo Tony Garcia, havia uma condição imposta a Cunha: seu acordo só seria aceito pela turma de Curitiba se ele concordasse em delatar o então ex-presidente Lula e outras figuras do PT.

Cunha teria dito que não havia o que delatar contra Lula, embora tenha se disposto a implicar outros petistas. Mesmo com Tony Garcia insistindo com Cunha, inclusive em tratativas através de sua filha, Danielle, não houve como atender aos interesses de Moro e Dallagnol.

No domingo (19), Folha de S. Paulo publicou uma matéria afirmando que no acordo de delação premiada rejeitado pela Lava Jato em 2017, Cunha havia implicado uma centena de políticos. Entre eles, Hugo Motta (Republicanos), que hoje é o favorito para ser o próximo presidente da Câmara.

Segundo o jornal, os relatos de Cunha foram considerados “superficiais demais pelos investigadores, e não houve acordo.” A publicação afirma que encontrou documentos e conversas referentes à negociação nos arquivos apreendidos pela Operação Spoofing.

Para Tony Garcia, “a Folha deveria ter mais cuidado ao envolver nomes baseada em documentos produzidos pela súcia curitibana sem assinaturas ou sem reconhecimento de autenticidade.”

“Esse documento de ‘intenção de colaboração’ de Eduardo Cunha que a Folha trás anexos expondo seus alvos, é falso, não é assim que funciona, foi FABRICADO na época e serviu de arma para pressionar outros presos a se apressarem em DELATAR Lula, mesmo que nada soubessem”, afirmou Tony Garcia.

“A intenção era ter vários delatores dizendo o mesmo que constava no “SCRIPT” elaborado por Deltan e Carlos Fernando, criando-se assim as condições necessárias para que Moro condenasse, (como condenou) Lula pelo famigerado DOMÍNIO DO FATO e o prendesse”, complementou.

Segundo ele, não só Cunha, mas outros réus da Lava Jato também se recusaram a implicar Lula. “(…) Eduardo [Cunha], como Zé Dirceu, Marcelo Odebrecht e outros, presos no mesmo lugar e que, como ele, também se negaram a envolver Lula em troca de imunidade, passaram por todos os tipos de tortura psicológica inerente ao modus operandi da República de Curitiba”, frisou.

Tony Garcia lembrou que entregou ao Supremo Tribunal Federal provas documentais de que serviu de agente secreto ilegalmente para o ex-juiz Sergio Moro e procuradores e ex-procuradores da República em Curitiba muito antes da Lava Jato começar. O caso é relatado pelo ministro Dias Toffoli. Leia mais aqui.

Confira a publicação na integra:

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Last Update: 20/01/2025