Promessas de pulso firme contra a criminalidade, militarização das fronteiras, depuração da justiça e das forças de segurança e até pena de morte foram as propostas dos candidatos à presidência do Equador durante o debate oficial deste domingo 19.
Divididos em dois grupos, os 16 candidatos presidenciais, incluindo o presidente Daniel Noboa, responderam a perguntas sobre segurança, eficiência do Estado e criação de empregos. O debate durou cerca de quatro horas.
Questionados sobre a possibilidade de julgar como adultos os menores envolvidos no crime, o primeiro grupo de oito candidatos se mostrou a favor, exceto Jorge Escala, do partido Unidade Popular, que disse que “as crianças devem ser protegidas e educadas” e propôs a reintegração escolar.
“Concordo (que sejam julgados) a partir dos 15 anos, mas temos que trabalhar como Estado, como estamos fazendo agora”, disse Noboa (ADN), que assumiu a presidência em novembro de 2023, depois que o presidente Guillermo Lasso dissolveu o Congresso e convocou eleições antecipadas.
Noboa, que segue uma política dura contra o tráfico de drogas e mobilizou militares nas ruas, destacou a “redução de 15% nas mortes violentas” como uma conquista de seu governo.
Por sua vez, Luisa González, com 33% das intenções de voto, do partido Revolução Cidadã, propôs a “depuração de maus elementos” do sistema judicial e a criação de gabinetes de segurança itinerantes nas cidades mais perigosas do Equador, onde o crime organizado semeia o terror.
Em 2024, o Equador quebrou o recorde de apreensões de drogas, com 294 toneladas apreendidas. Para enfrentar esse problema, candidatos como Jimmy Jairala, do movimento Centro Democrático, propuseram a militarização das fronteiras.
O primeiro turno das eleições presidenciais equatorianas está marcado para 9 de fevereiro.