A economia brasileira conta com “anabolizantes” para elevar as receitas públicas e buscar o equilíbrio fiscal. O aumento da inflação e a valorização do dólar, embora benéficos a curto prazo, criam efeitos transitórios que podem se reverter nos anos seguintes. Em 2025, esses fatores devem impulsionar a arrecadação, ampliando a base tributária e favorecendo impostos como o de Importação e o IPI. Empresas exportadoras, como Petrobras e Vale, também devem contribuir, devido à alta dos royalties atrelados à cotação do dólar. Apesar disso, especialistas alertam para os riscos de dependência desses fatores. A inflação elevada corrige despesas públicas, reduzindo os ganhos líquidos. Já o fortalecimento do dólar, que beneficia a receita inicialmente, pode afetar o consumo de produtos mais caros, limitando o impacto positivo. Dados recentes mostram que a arrecadação de impostos como o IPI e o de Importação cresceu significativamente em 2024, mas o cenário é incerto para 2026, quando o efeito desses “anabolizantes” pode se inverter, especialmente se o dólar se estabilizar ou cair. O governo, contudo, conta com uma margem de tolerância no déficit primário para cumprir a meta fiscal, mesmo que ajustes adicionais sejam necessários. (foto/reprodução internet)