Bolsonaro e Michelle no aeroporto de Brasília no último sábado, com a ex-primeira dama se preparando para ir aos Estados Unidos para a posse de Trump. Imagem: reprodução.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro expressou tristeza pela impossibilidade de seu marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), participar da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. Durante entrevista à Folha no aeroporto de Washington D.C., Michelle reiterou a alegação de que Bolsonaro é alvo de perseguição judicial no Brasil, além de descartar a hipótese de que ele usaria a viagem como meio de fugir do país.

“Sentimento de tristeza, mas nós temos certeza que o ex-presidente Jair Bolsonaro, que teve 58 milhões de votos, está sendo perseguido pelo Judiciário. Era para ele estar aqui, ele é amigo do presidente Trump, amigo da América, e gostaria muito de estar presente nesse momento tão importante que vai ser a posse do presidente”, declarou.

Michelle destacou a relação próxima entre Bolsonaro e Trump, enfatizando que ambos compartilham valores e princípios semelhantes: “Bolsonaro pediu que ele levasse o carinho e o respeito que ele tem pelo presidente. Eles firmaram uma relação, comungam dos mesmos valores e princípios.”

Ela também manifestou confiança no futuro governo de Trump, mencionando sua postura em relação a Israel: “Trago o abraço dele e o carinho dele pelo presidente Donald Trump. […] Pelo fato do eleito nos Estados Unidos ‘amar Israel’, ele terá um governo abençoado e próspero.”

Alegações de perseguição 

Antes de embarcar para os Estados Unidos, Michelle havia afirmado que Jair Bolsonaro sofre perseguição judicial e reforçou sua influência como líder político: “Meu marido está sendo perseguido, mas assim como aqueles que Deus envia serão perseguidos, a gente sabe disso. Espero que Deus tenha misericórdia da nossa nação, do meu marido. Foi maior líder da direita que elegeu, ‘inelegível’, mas que elegeu maior número de vereadores e prefeitos. E não seria diferente certo medinho que eles têm do meu marido.”

A defesa de Bolsonaro utilizou o argumento de que ele não cometeu crimes para solicitar a liberação de seu passaporte, mas o pedido foi negado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Moraes afirmou que a decisão foi fundamentada e encaminhou o caso à PGR (Procuradoria-Geral da República) para análise.

Além dos processos criminais, Bolsonaro enfrenta inelegibilidade até 2030 devido a decisões do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que o condenaram por ataques ao sistema eleitoral e uso político de eventos cívicos como o 7 de Setembro.

Posse de Trump

Donald Trump tomará posse na próxima segunda-feira (20), com Michelle Bolsonaro representando seu marido no evento. Ela afirmou que transmite o “abraço” e o “carinho” de Bolsonaro ao presidente eleito dos Estados Unidos, reforçando a admiração que ele nutre por Trump.

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Last Update: 19/01/2025