O geógrafo e professor de Economia da UERJ, Elias Jabbour, em seu perfil no X, neste domingo (19), publicou uma análise sobre o impacto da recente decisão dos EUA em relação ao TikTok. No texto, Jabbour explora como o modelo chinês está desafiando o “imperialismo” dos EUA, descrito como refém de bilionários e de uma elite política desorientada.
“É famosa a passagem onde o lendário general Giap credita à ‘inteligência’ dos generais estadunidenses o motivo da vitória do Vietnã na guerra contra os EUA. De tempos em tempos essa ‘inteligência’ dá o ar da graça.
Agora, o povo dos Estados Unidos, que vive sob um regime de censura imposto por bilionários especializados em mentir, parece que vai acabar descobrindo que o sistema socialista chinês é mais eficiente que o deles em todos os campos da atividade social. Mestres da arte de mentir, os EUA, um país cujo regime de apartheid encantava e inspirava Hitler e hoje é um ninho de seitas de extrema-direita, talvez terão que começar um acerto de contas com parcelas de sua população.
Por que mentem sobre a realidade chinesa com a mesma naturalidade com que se bebe um copo d’água? Entre a casta de bilionários que governa a nação mais inculta do mundo, nunca passaria pela cabeça deles que os comunistas são os políticos mais sagazes da história humana. Os chineses já perceberam que a guerra semiótica teria as big techs como instrumento. Sua resposta foi a construção de um gigantesco firewall para proteger o país e criar seu próprio ecossistema cibernético.
A cilada foi sendo construída. A imprensa ‘livre’ dos EUA não captou sua incapacidade diante do que estava por vir. Tudo que os comunistas chineses esperavam era o momento do passo em falso do imperialismo. Não venderiam nunca o TikTok e esperavam ser banidos. O genérico do TikTok já estava operando no banco de reservas. De repente, milhões de estadunidenses estavam diante de um simples aplicativo: uma peça genial que vai além da propaganda.
Biden caiu na armadilha criada por jovens prodígios chineses. O imperialismo já perdeu a guerra comercial, vai perder a guerra tecnológica e vai perder a guerra semiótica. Os sucessores dos pais fundadores dos EUA não passam de crianças idiotizadas perto da turma que Mao Zedong criou em Yenan”.
A “inteligência” estadunidense
É famosa a passagem onde o lendário general Giap credita à “inteligência” dos generais estadunidenses o motivo da vitória do Vietnã na guerra contra os EUA. De tempos em tempos essa “inteligência” dá o ar da graça. Agora o povo dos Estados Unidos +
— Elias Jabbour 🇧🇷 🇱🇧 (@eliasjabbour) January 19, 2025
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