Em pouco menos de uma semana, o mundo viu dois valorosos povos oprimidos pelo imperialismo colherem importantes vitórias em suas lutas, expressão do enfrentamento de bilhões contra a opressão do capitalismo em crise histórica, em sua fase terminal, o imperialismo.

Na maior e mais espetacular delas, a resistência palestina, liderada pelo Hamas e todo o heroico povo que há mais de 75 anos sofre um gigantesco martírio nas mãos do genocida regime sionista, impuseram a primeira e histórica derrota de “Israel”, que apenas nos últimos 15 meses levou à morte de mais de 50 mil civis, dentre eles mais de 20 mil crianças e de 15 mil mulheres.

O anúncio do cessar-fogo, para entrar em vigor neste domingo (19), foi uma gigantesca vitória não apenas dos palestinos e de sua devida resistência armada, dos que não se curvaram diante dos genocidas, mas de todos aqueles que, em todo o mundo, lutaram para que o regime nazista pusesse fim ao genocídio.

Como destacado em Editorial deste Diário foi “uma recompensa gloriosa para os homens que lutaram de armas na mão contra as forças de ocupação sionistas. É uma redenção para todos os mártires que tombaram lutando pela liberdade de seu povo“.EUA "confia" que trégua em Gaza será iniciada sem prazo previsto - Folha PE

Fica claro que a contra ofensiva do imperialismo que coloca o planeta sob a ameaça cada vez maior de uma nova grande guerra, em meio a um conjunto de guerras e golpes em favor de um punhado de conglomerados financeiros e grandes monopólios capitalistas, é uma tentativa desesperada de reação, de contenção das gigantescas tendência de rebelião presentes entre os povos oprimidos e que se manifestam não apenas na Palestina e em todo o Oriente, bem como no levante dos povos africanos contra o neocolonialismo, na guerra libertadora da Rússia (e na sua vitória) contra a OTAN/EUA, etc.

Confirma isso o fato de que o anúncio do cessar-fogo na Palestina se deu após outra vitória espetacular contra o imperialismo que tivemos a oportunidade de presenciar de perto: a derrota da direita fascista venezuelana e do golpe de Estado tramado com setores do imperialismo e seus capachos na América Latina que queriam impedir a posse do legítimo representante da luta de dezenas de milhões de venezuelanos, o presidente Nicolás Maduro.

O golpe, que tinha até data marcada, 9/1, foi derrotado por uma intensa mobilização popular contra os fascistas, realizada ao longo de vários meses e que levou milhões de pessoas às ruas nos dias 9 e 10 de janeiro, neste segundo dia para “jurar com Maduro” em sua posse.Maduro comanda ato em solidariedade com o povo palestino

Sob a base de uma intensa campanha de agitação e propaganda, a mobilização se fez em unidade com as forças armadas e com as milícias populares armadas em todo o país, devidamente politizadas e mobilizadas para defender o povo e o país daqueles que, há mais de duas décadas, buscam derrubar o governo nacionalista do chavismo para se apossar das maiores reservas de petróleo certificadas do mundo e da segunda maior reserva de ouro do planeta.

Com mais de 150 mercenários presos, mais de 500 armas capturadas e amplas camadas do povo explorado nas ruas sob uma intensa e correta campanha de denúncia dos crimes da direita fascista, o golpe fracassou e Maduro foi empossado e comanda o país e está à frente – junto com outros setores oprimidos – de iniciativas de defesa dos povos oprimidos pelo imperialismo na América Latina e em todo o mundo.

Na Palestina e na Venezuela, ainda que de formas distintas, o fator fundamental é a superação, na prática, da política covarde da maioria da esquerda, neste momento, que cada vez mais capitula diante do imperialismo, se alia a uma de suas alas e até mesmo a apoia e trai a abertamente a luta do seu próprio povo, como se vê no caso da Autoridade Palestina, ou dos seus irmãos, como no caso de setores da esquerda latino americana, como Lula e Boric, que negam apoio ao governo e ao povo venezuelano na luta contra a direita fascista.

Por árduos caminhos, como sempre aconteceu na luta dos oprimidos em toda a sua história em que nada foi conquistado sem luta, a rebelião dos povos oprimidos cria seus mártires, aponta novas lideranças e mostra que o quanto vale à pena se levantar contra os opressores, não se curvar a eles.

E que esse enfrentamento revolucionário é o único caminho capaz de conduzir os povos oprimidos de todo mundo à vitória contra o imperialismo contra a opressão capitalista.

  

 

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Last Update: 19/01/2025