Um tenente da Polícia Militar foi detido na manhã deste sábado (18) sob suspeita de facilitar o assassinato de Antônio Vinícius Gritzbach, de 38 anos, morto em dezembro de 2024 na área de desembarque do Aeroporto Internacional de Guarulhos. A vítima, que havia feito um acordo de delação premiada, denunciava supostos casos de corrupção e envolvimento de agentes do Estado com o PCC.
Segundo a força-tarefa do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), o oficial identificado como Fernando Genauro da Silva, lotado na 1ª Companhia do 23º Batalhão da PM, estaria ao volante do carro que conduziu os autores dos disparos contra Gritzbach. A Folha de S. Paulo apurou que o celular de Genauro teria recebido ligações enquanto o veículo se dirigia ao local do crime, bem como no momento em que o automóvel foi abandonado após a execução.
“Naquela ocasião, o delator expôs ‘todo um esquema de corrupção’, apontou ‘policiais vendidos’ e ‘deu nome aos donos do PCC, que fazem a lavagem de dinheiro’”, declarou Ivalda Aleixo, diretora do DHPP, destacando que a morte de Gritzbach pode ter sido motivada pelos dados revelados em seus depoimentos.
A investigação já levou à prisão do cabo Dênis Antonio Martins, supostamente um dos executores do assassinato. Outros 14 policiais —incluindo dois tenentes e 12 cabos e soldados— foram detidos na quinta-feira (16), acusados de fazer a escolta irregular do delator e de manter vínculos com a facção criminosa.
Genauro foi conduzido ao DHPP e deve seguir para o Presídio Militar Romão Gomes, com prisão temporária de 30 dias. “Continuamos as buscas para identificar o terceiro ocupante do carro, que teria sido o outro atirador”, acrescentou uma fonte ligada à investigação, que apura ainda a possível relação do tenente com os PMs envolvidos na escolta ilegal.
Conforme as imagens de segurança, Gritzbach foi atingido por vários disparos logo após sair do terminal 2 do aeroporto. Encapuzados, os agressores desembarcaram de um Volkswagen Gol, atiraram em meio aos passageiros e fugiram em seguida, deixando para trás o empresário que era alvo de juramento de morte pelo PCC.
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