Em 2024, o Brasil registrou mais de 11 mil adolescentes internados em “unidades socioeducativas”, os presídios para menores de idade. O perfil predominante desses presos é composto por jovens negros de até 17 anos, sendo 95,5% do gênero masculino e 74,2% negros.

A região Sudeste concentra a maior população de adolescentes presos, com destaque para São Paulo, que abriga 4.290 jovens — número significativamente superior ao do Amapá, que registrou apenas 19 internos. Minas Gerais e Rio de Janeiro seguem com 802 e 757 adolescentes, respectivamente. No total, a região Sudeste contabiliza 5,8 mil jovens internados, sendo 93% do sexo masculino.

O levantamento do Conselho Nacional de Justiça também avaliou a estrutura das 427 unidades socioeducativas, que apresentaram uma taxa de ocupação de 57,57%. Dentre essas unidades, 39% oferecem mais de 20 horas semanais de estudo, enquanto 37,1% disponibilizam entre 16 e 20 horas por semana.

A opressão dos jovens negros nesses presídios é absurda. O nome cínico criado pela burguesia de “socioeducativo” esconde que mais de 60% dos presídios nem possuem as 20h semanais de aulas que são padrão nas escolas de ensino médio.

O fato da maior parte dos presos serem negros é uma demonstração do nível da opressão dessa população no Brasil. O aparato de repressão do Estado, Judiciário, polícia e prisões, é o grande inimigo do povo negro. É preciso travar uma luta contra a política repressiva, pelo fim dos presídios e fim das polícias!

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Last Update: 18/01/2025