O grupo Artistas Livres, liderado pelos cineastas Josias Teófilo e Newton Cannito, realizou um encontro na última quarta-feira (15) em São Paulo, para debater a ditadura identitária que existe na esfera da cultura. Um dos maiores críticos foi o novo secretário de Cultura de São Paulo, Totó Parente.

Antigos apoiadores da reeleição de Ricardo Nunes (MDB), agora demonstram insatisfação com sua gestão, especialmente em relação à liderança do Theatro Municipal e da Spcine. Durante o evento, cartazes com críticas à presidente da Spcine, Lyara Oliveira foram levantados.

O vereador Adrilles Jorge (União) discursou no encontro, denunciado que há uma “ditadura cultural” no país, onde a arte estaria sendo supostamente usada pela esquerda para marginalizar grupos conservadores e cristãos.

Já a vereadora Janaina Paschoal (PP) se comprometeu a ajudar o grupo a dialogar com Totó Parente e propôs a criação da Frente Parlamentar Artistas Livres para levar as demandas do grupo ao Legislativo, destacando preocupações com editais culturais supostamente direcionados.

A crítica aos monopólios que controlam a arte é válida, mas a extrema direita alega que é a “esquerda” que impõe a ditadura. Na verdade, o setor identitário que controla a esfera artística está ligado ao PSDB, ou seja, a direita mais ligada ao imperialismo. Essa direita também não tem um programa político realmente voltado para a arte. Por exemplo, não defendem o aumento do orçamento nacional para a cultura.

Mas, assim como no âmbito político, a ditadura do PSBD abre caminho para o crescimento do bolsonarismo. E isso só é possível, pois a esquerda se submete a essa ditadura invés de lutar contra ela.

Categorized in:

Governo Lula,

Last Update: 18/01/2025