O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (17) que o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), preste depoimento à Polícia Federal (PF) para esclarecer declarações feitas durante entrevista à Jovem Pan.
Na última segunda-feira (13), Jorginho afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, “conversam muito”. O contato entre os dois, no entanto, está proibido desde fevereiro do ano passado por decisão de Moraes.
“O nosso presidente Valdemar conversa muito com o Bolsonaro, que é o presidente de honra. Espero que daqui a pouco eles possam conversar na mesma sala para se ajudarem ainda mais”, disse Jorginho.
No despacho, Moraes ordenou que a PF tome o depoimento do governador catarinense em até 15 dias.
“A entrevista do Governador de Santa Catarina indica possível violação às medidas cautelares impostas por esta SUPREMA CORTE, em especial a proibição de manter contato com os demais investigados aplicada a JAIR MESSIAS BOLSONARO e VALDEMAR COSTA NETO”, escreveu o ministro.
Em nota, a assessoria de comunicação do PL nacional afirmou que Valdemar não mantém “qualquer contato” com Bolsonaro.