Socialite presa em MG. Foto: reprodução

A socialite Luana Silva, de 40 anos, foi presa por suspeita de desviar aproximadamente R$ 35 milhões de três empresas e lavar o dinheiro adquirindo itens de luxo, como joias, relógios e bolsas. A Polícia Civil a prendeu em seu apartamento, avaliado em R$ 6 milhões, em Nova Lima, na Grande Belo Horizonte. Outros 10 mandados de prisão foram cumpridos na operação.

O delegado João Pedro, titular da delegacia especializada no combate a crimes tributários, explicou que as fraudes começaram em 2020, dois anos após ela se tornar sócia de uma empresa de cartões de crédito de benefícios, a convite de um amigo. “Ela começou aumentando o crédito que tinha no cartão. Cada cartão tem um limite para fazer compras, e ela percebeu que podia aumentar o limite e gastar o cartão. Depois, ela mesma apagava e tirava a dívida do sistema”, disse o delegado.

Luana cooptava funcionários para maquiar planilhas da empresa, aproveitando-se de sua posição como sócia. Em seguida, ela passou a atuar em outra companhia do mesmo grupo, especializada em cartões para a classe médica, com valores ainda maiores.

“Ela começou a fraudar esses cartões médicos, aumentar os limites ainda mais, cooptar novas pessoas e descobriu que poderia pegar o valor dos cartões e procurar agiotas que passavam o cartão, cobravam uma taxa e devolviam uma parte. Quando descobriu isso, passou o cartão dela, da empresa, para R$ 500 mil. Ela torrava R$ 500 mil por mês e mandava apagar do sistema essa dívida”, detalhou João Pedro.

Material apreendido pela Polícia Civil de MG durante operação Dubai. Foto: Carlos Eduardo Alvim/ TV Globo

Na terceira empresa do grupo, voltada para a antecipação de recebíveis, ela simulava operações como se alguém estivesse pedindo valores que eram liberados diretamente para sua conta bancária. “São empresas que têm R$ 10 milhões, R$ 20 milhões para receber. Ela começou a simular operações e esses valores caíam direto na conta bancária dela. Ela já estava se preparando para ir embora, sumir com tudo que pudesse. Por sorte, foi descoberta por um funcionário”, afirmou o delegado.

Durante o período das fraudes, Luana começou a frequentar a “alta sociedade” de Belo Horizonte e realizava diversas viagens internacionais para comprar artigos de luxo, incluindo um gasto de US$ 148 mil em joias em Dubai. A polícia descobriu que a socialite se aliou a uma joalheria de Nova Lima para vender as peças. “A proprietária da joalheria tinha uma enorme quantidade de material em posse dela, sem comprovação de origem. Esse material foi todo apreendido e colocado à disposição da Justiça”, explicou o delegado.

Após ser descoberta, Luana foi denunciada pelos sócios e chegou a devolver parte do dinheiro ao grupo, mas posteriormente passou a negar os desvios e ocultar o restante. A polícia apreendeu cerca de R$ 15 milhões em bens. Dos 11 presos, cinco foram liberados.

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Última Atualização: 01/07/2024