Nesta quarta-feira (15), o jornal libanês Al-Akhbar noticiou que a Arábia Saudita e Quaite desejam financiar a reconstrução das regiões do Líbano que foram destruídas por “Israel”, através de bombardeios sistemáticos contra civis.
Contudo, a oferta feita pelos Estados árabes é condicionada à imposição de que o financiamento seja feito “exclusivamente através do estado libanês e através de um mecanismo legal longe de cálculos políticos no Líbano”, e de que os recursos tenha supervisão direta de autoridades sauditas. Segundo o Al-Akhbar, citando relatório enviado pela Arábia Saudita ao FMI (Fundo Monetário Internacional), “o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman pediu a vários empresários sauditas que fizessem contatos com entidades econômicas libanesas e os convocou a reconsiderar projetos que estavam congelados anteriormente”.
O relatório refere-se ao fato de que a Arábia Saudita congelou projetos de investimentos no Líbano após críticas feitas por ministro libanês em razão da guerra da Arábia Saudita contra o Iêmen, levada a cabo a serviço do imperialismo. Na ocasião, o embaixador saudita foi recolhido do Líbano.
A oferta de financiamento condicionado, a ser feito “através de um mecanismo legal longe de cálculos políticos no Líbano”, ocorre pouco tempo depois da eleição presidencial libanesa, que, segundo denúncias, teria sido alvo de forte interferência por parte dos EUA e da Arábia Saudita. O pleito resultou na vitória do ex-comandante do exército Joseph Aoun, apoiado pelo imperialismo, e que já indicou como primeiro-ministro Nawaf Salam, ex-presidente da Corte Internacional de Justiça (CIJ), escolha também elogiada pelo imperialismo.
