No apagar das luzes, Biden inclui gigante chinesa na guerra tecnológica dos EUA

A startup Zhipu AI, baseada em Pequim, foi adicionada à lista negra de exportações dos Estados Unidos, juntamente com outras 25 empresas chinesas e duas sediadas em Cingapura, conforme anunciou o Departamento de Comércio dos EUA na última quarta-feira.

A medida faz parte de uma série de restrições comerciais implementadas nos últimos dias de mandato do presidente Joe Biden.

O governo dos EUA acusa as empresas listadas de contribuírem para o avanço militar de Pequim, o que motivou a inclusão na Lista de Entidades.

As empresas afetadas estão proibidas de adquirir tecnologia de firmas americanas sem uma aprovação especial do governo.

Em resposta, a Zhipu AI declarou que “discorda veementemente” da decisão e alegou que a ação dos EUA “carece de base factual”, além de afirmar que isso “não terá impacto substancial” em suas operações.

Outra empresa mencionada foi a Sophgo, uma designer de chips chinesa, que já havia sido objeto de escrutínio no ano passado devido à compatibilidade de um chip que ela encomendou da Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) com um processador da Huawei Technologies. A Huawei está na Lista de Entidades desde 2019.

A lista atualizada inclui também a PowerAIR, uma empresa pouco conhecida com sede em Cingapura. A TSMC cortou laços comerciais com a PowerAIR após análises de cliente indicarem uma possível violação dos controles de exportação dos EUA, segundo informações do South China Morning Post.

Até o momento, a Sophgo não respondeu aos pedidos de comentário, e tentativas de contato com a PowerAIR não foram bem-sucedidas, dado que a empresa não possui website oficial, número de telefone ou endereço de e-mail publicamente disponíveis.

A inclusão dessas empresas na lista negra destaca as crescentes tensões comerciais e de segurança entre os Estados Unidos e a China, num contexto de rigorosas políticas de controle de exportações implementadas por Washington.

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