O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu revogar a norma que ampliava o monitoramento de transações via Pix após enfrentar uma onda de desinformação que culminou em uma forte reação pública.

Membros do governo reconheceram que foram surpreendidos pela rápida disseminação de informações incorretas sobre a medida, incluindo a falsa alegação de que o Pix seria taxado. A informação é da colunista Bela Megale, no Globo.

O núcleo duro de ministros envolvidos admitiu que houve erros e uma reação tardia às notícias falsas que circularam, especialmente a partir do início do mês, quando opositores da nova regra intensificaram ataques. A falta de uma resposta rápida e efetiva contribuiu para a decisão de suspender a medida.

O vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que alcançou mais de 200 milhões de visualizações, foi um ponto crucial na disseminação das dúvidas e incertezas em relação à norma. A influência do vídeo levou o Palácio do Planalto a optar pela suspensão da norma, buscando encerrar as controvérsias.

Ministros avaliaram que deveriam ter adotado medidas mais assertivas contra a propagação de notícias falsas sobre o Pix há cerca de dez dias, incluindo a possibilidade de solicitar investigações pela Polícia Federal.

O governo também se viu envolvido em outra crise recente relativa à cotação do dólar. Em 25 de dezembro, uma discrepância na cotação exibida pelo Google, quando os mercados estavam fechados devido ao feriado de Natal, levou a Advocacia-Geral da União (AGU) a solicitar esclarecimentos ao Banco Central. A empresa responsável por fornecer os dados de cotação ao Google reconheceu um erro na coleta das informações, atribuindo-o à “imprecisão de um contribuidor”.

Esses eventos sublinham os desafios enfrentados pelo governo em gerenciar informações e responder eficazmente a crises, destacando a necessidade de uma estratégia mais robusta para lidar com desinformação e garantir a clareza nas políticas públicas.

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Last Update: 16/01/2025