Algumas horas após palestinos celebrarem um possível cessar-fogo na Faixa de Gaza, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou o Hamas de supostamente criar uma “crise de última hora” sobre o acordo. O grupo rejeita as alegações.
Netanyahu afirmou que o Hamas teria se colocado contra alguns detalhes do acordo de trégua. O isralense, no entanto, não forneceu qualquer detalhe sobre suas alegações. Segundo ele, por conta disso, seu gabinete não irá se reunir para ratificar o cessar-fogo. A reunião estava prevista para esta quinta-feira (16).
“O Hamas voltou atrás em partes do acordo alcançado com os mediadores e Israel numa tentativa de extorquir concessões de última hora“, diz comunicado do gabinete do premiê. “O gabinete israelense não se reunirá até que os mediadores notifiquem Israel de que o Hamas aceitou todos os elementos do acordo”, acrescenta o texto.
Em contrapartida, ao menos dois líderes do Hamas rejeitaram as acusações israelenses. “Não há base nas alegações de Netanyahu sobre o movimento de retrocesso dos termos do acordo de cessar-fogo”, disse o oficial do Hamas, Sami Abu Zuhri.
Anteriormente, o membro do gabinete político do grupo, Izzat al-Risheq, declarou que “o Hamas está comprometido com o acordo de cessar-fogo, que foi anunciado pelos mediadores”.
Neste cenário, ainda não se sabe se o impasse com o Hamas atrasará a implementação do cessar-fogo de três meses no território palestino, prevista para o próximo domingo (19).
Só nas últimas 24 horas, os ataques das forças de Israel em Gaza mataram pelo menos 81 pessoas e feriram 188, de acordo com o Ministério da Saúde do enclave. Isso eleva o número total de mortos e feridos na guerra em Gaza para 46.788.
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