O Banco PAN, antigo Banco Panamericano fundado pelo Grupo silvio Santos, hoje controlado BTG Pactual, o mesmo que teve com um dos seus fundadores o tresloucado e ex-Ministro da Economia no famigerado governo de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes, já iniciou o ano e demitiu mais de 100 trabalhadores bancários.
Segundo a justificativa da direção do banco (acredite quem quiser), as demissões seriam pela mudança feita pelo Governo Federal em relação ao crédito consignado.
As demissões em massa é uma política tradicional dos banqueiros utilizada para aumentar os seus já fabulosos lucros.
Um dos aspectos dessa política são as demissões dos trabalhadores mais antigos da empresa para substituir por novos funcionários que, em média, percebem salários 30% menores.
Uma outra questão é o aumento exponencial da contratação de trabalhadores terceirizados que, com as “reformas” do governo golpista de Michel Temer, abriu a possibilidade de as empresas contratarem terceirizados que antes só era permitida nas áreas fins, passando a ser permitida, também, nas áreas meios.
Segundo dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em novembro de 2024, foi apurado um saldo negativo de 940 postos de emprego bancário no País, ou seja, foram quase mil postos de trabalho que foram eliminados definitivamente e, esses números são o resultado, somente no mês de novembro, da diferença entre 4.019 demissões e 3.079 admissões. Isso significa que, em apenas um mês, os banqueiros jogaram no olho da rua mais de 4 mil pais de família.
Por outro lado, foram abertos 1.728 postos de emprego no ramo financeiro, exceto categoria bancária, no mesmo período.
Os mesmos dados revelam que o emprego bancário no País acumula um saldo negativo de 6.666 postos nos últimos doze meses, entre dezembro de 2023 e novembro de 2024. No acumulado de 2024, entre janeiro e novembro de 2024, o emprego bancário acumula um saldo negativo de 5.880 postos. O emprego no ramo financeiro, exceto categoria bancária, por outro lado, acumula um saldo de 24.181 postos nos últimos doze meses, e de 23.780 no acumulado de 2024.
É preciso criar um amplo movimento de luta a partir de um intenso trabalho de agitação e propaganda junto aos trabalhadores, nos seus locais de trabalho para alavancar a mobilização dos trabalhadores. Levantar um programa imediato pelas reivindicações fundamentais da categoria bancária, contra o fechamento de postos de serviços, contra as privatizações, pelo fim das demissões, pela readmissão dos demitidos, pelo fim das reestruturações, pela estatização do sistema financeiro.