Em entrevista à agência de notícias Reuters, a nova presidente do Banco Central da Síria, Maysaa Sabreen, declarou que “o banco está trabalhando na preparação de projetos de emendas à lei bancária para aumentar sua independência, incluindo mais liberdade para tomar decisões sobre política monetária“.

Conforme a emissora Al Mayadeen, Sabreen “enfrenta desafios significativos, incluindo estabilizar a moeda da Síria, conter a inflação e revitalizar o setor financeiro”. Contudo, considerando o que ocorre em outros país, especialmente o Brasil, um banco central “independente” é, na realidade, dependente do imperialismo, principalmente dos EUA, país este que sabotou economicamente a Síria, especialmente desde o início da guerra “civil”, na tentativa de derrubar o governo nacionalista de Bashar al-Assad.

Esta sabotagem resultou, dentre outros efeitos, na redução da libra síria de 50 dólares por libra, no final de 2011 para mais de 13 mil libras por dólar, nesta segunda-feira (14), conforme dados do Banco Central.

Após o golpe contra Assad, e a subida ao poder do Hayat Tahrir al-Sham, organização militar apoiada pelo imperialismo, os EUA reduziu parte de suas sanções contra o país, especificamente para ajuda humanitária, transações de energia e remessas. No entanto, o Banco Central da Síria permanece sobre sanções, as quais são utilizadas, neste caso, para que o novo governo sírio seja obrigado a adotar a política imperialista de independência do banco, para que ele seja controlada pelo imperialismo, que visa a uma “estabilização” da economia para que a Síria seja ainda mais saqueada pelos monopólio imperialistas.

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Last Update: 15/01/2025