Relatos da imprensa israelense indicam que o primeiro-ministro de “Israel”, Benjamin Netaniahu, fez propostas de acordo ao ministro da Polícia, Itamar Ben-Gvir, e ao ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, os dois líderes da extrema direita radical, em troca de um cessar-fogo em Gaza.
Segundo as fontes, Netaniahu garantiu aos dois ministros que ações futuras aumentariam sua popularidade, alertando que “se Ben-Gvir sair do governo, os ganhos políticos podem ser creditados apenas a Smotrich”. Caso ambos saiam do governo Netaniahu perde a maioria no parlamento e assim seu governo acaba.
Os relatos indicam que Netaniahu está tentando persuadir Ben-Gvir e Smotrich a apoiar o acordo, destacando dois pontos principais: primeiro, que a presidência de Trump trará benefícios significativos para “Israel”; segundo, que “Israel” poderá retomar a guerra, se necessário, com o apoio dos EUA.
Anteriormente Smotrich se pronunciou sobre a guerra: “o que está diante dos meus olhos é apenas uma coisa: como alcançar todos os objetivos da guerra, que é a vitória absoluta”. Ele afirmou que a vitória total é “a destruição total do Hamas, tanto militar quanto civil, juntamente com o retorno de todos os soldados sequestrados”. Ele enfatizou: “estou afirmando isso em um diálogo sério e reservado, e não descansarei ou ficarei calmo até que esses objetivos sejam alcançados”.
Um membro do gabinete de Smotrich, afirmou: “decidiremos nas próximas horas se emitiremos um ultimato sobre a saída do governo caso o acordo seja aprovado”. Até a publicação desse artigo Smotrich não havia se pronunciado.
O jornal israelense Maariv relatou recentemente: “Trump é uma preocupação maior do que Ben-Gvir e Smotrich. Por isso, Netaniahu se esforçou para explicar a situação a eles. Com Smotrich, encontrou uma recepção mais favorável. Smotrich está contando com a anexação da Judeia e Samaria (Cisjordânia) em 2025, e isso não acontecerá sem Trump. Então, Gaza pode ser sacrificada”.
A transferência da guerra de Gaza para a Cisjordânia é uma das formas como esse setor da extrema direita pode aceitar a rendição do exército sionista em Gaza.