O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sério, apontando para frente
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden – Divulgação

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tomou a decisão de remover Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo, conforme anunciado por uma autoridade sênior da Casa Branca nesta terça-feira (14). A medida foi divulgada pouco após o governo cubano anunciar a libertação de 553 prisioneiros e ocorre em um momento estratégico, a menos de uma semana da posse de Donald Trump, que poderá reverter a decisão.

Avaliação da Casa Branca

Segundo a autoridade norte-americana, que preferiu não ser identificada, a decisão foi fundamentada em uma análise que não encontrou evidências para manter Cuba na lista. “[É] um gesto de boa vontade para facilitar a libertação de pessoas detidas injustamente [em Cuba]”, afirmou.

De acordo com o jornal O Globo, o governo Biden notificará o Congresso ainda nesta terça-feira sobre a intenção de remover a designação de Cuba como patrocinador estatal do terrorismo. A iniciativa foi articulada em parceria com diversos atores, incluindo a Igreja Católica, com o objetivo de criar um ambiente favorável à libertação de defensores dos direitos humanos presos durante os protestos de julho de 2021.

Anúncio de Cuba

Coincidindo com o anúncio norte-americano, o governo cubano confirmou a libertação de 553 prisioneiros condenados por diversos crimes. “Nos primeiros dias de janeiro, o presidente Díaz-Canel enviou uma carta ao Sumo Pontífice na qual (…) comunicou a decisão de conceder liberdade a 553 pessoas punidas no devido processo por vários crimes”, informou o Ministério das Relações Exteriores de Cuba.

A Casa Branca destacou que as libertações ocorrerão em um curto período, com alguns detentos sendo liberados ainda antes do término do mandato de Biden, em 20 de janeiro.

Paisagem cubana com carro antigo cor de rosa e pessoas caminhando na rua, com bandeira cubana aparecendo
Paisagem cubana – Divulgação

Apoio internacional e repercussões

A decisão recebeu apoio de diversos aliados, como União Europeia, Espanha, Canadá, Colômbia e Chile, além do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que solicitou diretamente a Biden a retirada de Cuba da lista.

Apesar disso, a medida pode ter vida curta. Donald Trump, que assume a presidência em breve, já indicou que poderá revertê-la, especialmente considerando sua equipe composta por figuras historicamente críticas ao regime cubano, como o senador Marco Rubio, filho de imigrantes cubanos e conhecido defensor de sanções à ilha.

Contexto histórico e perspectivas

Cuba foi reincorporada à lista de patrocinadores do terrorismo durante o governo Trump, em 2021, após o endurecimento do embargo comercial imposto pelos EUA à ilha. A designação dificulta transações financeiras e investimentos, expondo empresas a sanções norte-americanas.

Biden, que inicialmente prometeu revisar a política em relação a Cuba, adotou uma postura mais rígida após os protestos antigovernamentais de julho de 2021, que resultaram em prisões em massa. Atualmente, outros três países integram a lista: Coreia do Norte, Irã e Síria.

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Last Update: 14/01/2025