Na segunda-feira, o presidente da França, Emmanuel Macron, que vem cada vez mais agindo como um ditador, reclamou dos países africanos do Sahel que vêm expulsando o imperialismo francês de seus territórios.
Macron se pronunciou fazendo referência a suposto apoio de militares franceses contra jiadistas que atuam para desestabilizar os governos nacionalistas do Sahel: o mandatário francês acha “que eles se esqueceram de nos agradecer”, acrescentando que “a ingratidão é uma doença que não pode ser transmitida aos humanos”, basicamente comparando a animais os africanos que rejeitaram a presença militar do imperialismo.
O Capitão Ibraim Traore, que lidera um governo nacionalista como presidente de Burquina Faso, declarou que Macron “insultou todos os africanos”, acrescentando que “é assim que esse senhor vê a África, vê os africanos. Não somos humanos aos seus olhos”.
A declaração do presidente francês mostra que, na essência, não grandes diferenças entre a direita dita “civilizada” e a extrema direita, fascista. À medida em que a crise do imperialismo se aprofunda, a direita mostra-se cada vez mais fascista e, na medida em que a burguesia imperialista ainda não tenha decidido recorrer ao fascismo, a direita mostra-se pior que a extrema direita, como se vê ao apoio do governo de Joe Biden (Partido Democrata) ao genocídio na Palestina.