O Drex, moeda digital criada pelo Banco Central do Brasil, iniciou 2025 como um elemento chave na transformação digital do sistema financeiro.
Lançada em 2024, a moeda tem metas claras de modernizar pagamentos, reduzir custos operacionais e ampliar o acesso de pessoas e empresas ao mercado financeiro.
De acordo com Volnei Eyng, CEO da Multiplike, o Drex terá um impacto significativo em 2025. “Esperamos um crescimento significativo no uso da moeda, com projeções de que até 30% das transações digitais no Brasil utilizem o Drex”, afirma ele.
PME podem aproveitar custos reduzidos e maior agilidade
O Drex permite transferências realizadas em tempo real, com custos menores em comparação a métodos tradicionais como boletos e cartões de crédito.
Para pequenas e médias empresas, a moeda digital apresenta vantagens específicas. Ela elimina barreiras como taxas elevadas e longos prazos para o recebimento de pagamentos.
“As PMEs devem se beneficiar especialmente dessas mudanças, ganhando mais agilidade e previsibilidade em suas transações”, avalia Eyng. Essa vantagem pode fortalecer o papel das PMEs no mercado.
Bancos e fintechs intensificam ofertas com Drex
A chegada do Drex também estimula bancos e fintechs a desenvolverem novos produtos e serviços. Entre as possibilidades estão contas digitais específicas e financiamentos atrelados à moeda digital.
Com mais instituições oferecendo alternativas baseadas no Drex, milhões de brasileiros fora do sistema financeiro tradicional podem finalmente ser incluídos. Isso deve ampliar a acessibilidade no setor financeiro.
Regulamentação e segurança ganham destaque
À medida que o uso do Drex cresce, o Banco Central pretende reforçar políticas de segurança e proteção de dados dos usuários.
Além disso, o Drex desperta o interesse internacional. “A moeda posiciona o Brasil como pioneiro na adoção de moedas digitais emitidas por bancos centrais, o que pode gerar novas oportunidades de integração com outros mercados”, comenta Eyng.
Projeções apontam crescimento acelerado
Até dezembro de 2024, o Drex movimentou R$ 2 bilhões em transações piloto, envolvendo 20 instituições financeiras. Em 2025, espera-se que esse número ultrapasse R$ 50 bilhões, com a adesão de mais de 100 bancos e fintechs.
Segundo estudos, o uso do Drex pode reduzir em até 40% os custos operacionais das instituições financeiras. Isso ocorre devido à eliminação de intermediários e ao uso de contratos inteligentes nas transações.
De acordo com Eyng, essas economias podem ser repassadas aos clientes. Isso se traduzirá em serviços mais rápidos, eficientes e acessíveis.
“A moeda digital representa uma mudança estrutural no sistema financeiro, e estamos prontos para apoiar nossos clientes nesse cenário”, conclui o CEO.