A prática adotada pela EQUATORIAL/SABESP no contexto do PDV é uma demonstração clara de abuso corporativo que desrespeita os trabalhadores e revela uma postura desumana de gestão. O uso deliberado de pressões psicológicas, incertezas e ameaças de cortes nos benefícios não é apenas uma estratégia para redução de custos, é um ataque direto à dignidade dos profissionais que construíram essa companhia  e são responsáveis pelo seu sucesso.

Ao impor mudanças abruptas como o fim do home office e a possibilidade de redução salarial dos hipersufucientes, a EQUATORIAL/SABESP cria um ambiente de trabalho tóxico, onde o medo se torna uma ferramenta para obrigar os funcionários a aderirem ao PDV. Isso é uma violação do princípio básico de uma relação de trabalho saudável, onde a transparência e o respeito deveriam prevalecer.

O uso de argumentos legais para justificar práticas como demissões antecipadas durante o período de estabilidade ou cortes salariais é uma tentativa descarada de enfraquecer os direitos trabalhistas conquistados com anos de luta. Essas ações expõem uma visão utilitarista, que vê os funcionários apenas como custos a serem reduzidos, e não como pessoas com direitos e contribuições valiosas.

Ao acelerar o cronograma de desligamentos, centralizar as decisões na alta gestão e limitar os benefícios pós-desligamento, como o plano de saúde, a EQUATORIAL/SABESP não apenas pressiona os trabalhadores, mas também demonstra desprezo pelas necessidades básicas de quem está sendo forçado a tomar decisões cruciais em pouco tempo, além de colocar a boa operação dos serviços, que são essenciais à saúde da população, em risco.

Essa postura, truculenta e autoritária, reflete a cultura do setor privado que prioriza lucros e reestruturações financeiras e não considera, de maneira alguma, os interesses dos trabalhadores e muito menos os efeitos dessas ações sobre a população. Empresas que tratam seus funcionários como números em uma planilha financeira perdem credibilidade, engajamento e, a longo prazo, a confiança de seus trabalhadores e da sociedade.

O que a  EQUATORIAL/Sabesp está fazendo é mais do que uma simples reestruturação. É um ataque aos princípios de respeito, justiça e valorização do trabalho humano. A empresa precisa ser responsabilizada por suas práticas e reavaliar sua postura, priorizando o diálogo, a transparência e a ética. No longo prazo, empresas que tratam seus trabalhadores com descaso criam feridas profundas em sua reputação e em sua capacidade de atrair e reter talentos.

Por todos esses motivos o Sintaema e o Sintius manifestam seu repudio e indignação contra a postura assediadora da gestão da Equatorial/Sabesp e informam à categoria Sabespiana que nas próximas horas ingressarão com uma denúncia junto ao MPT cobrando providencias.

A decisão de aderir ao PDV é exclusivamente sua, trabalhador. Certifique-se de fazer essa escolha com plena consciência e tranquilidade e sem ceder a pressões ou intimidações.

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Last Update: 14/01/2025