A Guerra em Gaza pode estar perto do fim. A expectativa de negociadores do Catar é de que um acordo para a libertação dos reféns israelenses em Gaza seja fechado ainda nesta terça-feira (14), uma vez que muitos obstáculos nas negociações foram eliminados.

Uma autoridade palestina informou à BBC News que, pela primeira vez desde o início do conflito, delegações de Israel e do Hamas participam, indiretamente, de negociações em um mesmo prédio.

Ainda que o Hamas tenha retirado condições facilitar um acordo pelo fim do conflito, Majed Al-Ansari, do Ministério das Relações Exteriores do Catar acredita que o anúncio de paz não deve ser feito ainda nesta terça-feira.

Para Al-Ansari, é difícil estabelecer um prazo para por fim à guerra, porém as negociações estão o mais perto possível de um acordo.

Entre os palestinos em Gaza, a sensação é a mistura de um otimismo e um ceticismo profundo, de acordo com a reportagem da Al Jazeera. Isso porque, nas últimas 24 horas, 61 pessoas foram mortas e outras 281 ficaram feridas em ataques israelenses, de acordo com o Ministério da Saúde local.

Desde o início do conflito, em 7 de outubro de 2023, mais de 46,6 mil palestinos foram mortos e 110 mil ficaram feridos pelas tropas de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense.

Condições

Fontes revelaram à BBC algumas das condições para que Israel e Hamas cheguem a um acordo. neste caso, logo no primeiro dia de paz três reféns israelenses seriam libertados, enquanto Israel daria início à retirada das tropas aéreas de Gaza.

Depois de uma semana, outros quatro reféns israelenses seriam liberados. Já do lado israelense, haveria a permissão para que os palestinos pudessem retornar à região norte da Faixa de Gaza.

Compõe o acordo ainda a libertação de mil prisioneiros palestinos, em troca de outros 34 reféns israelense.

Estados Unidos

Segundo o atual secretário de estado norte-americano, Antony Blinken, os Estados Unidos têm um plano para Gaza após o fim da guerra. Para o diplomata do governo Joe Biden, os parceiros internacionais ajudariam a Autoridade Palestiniana (AP) a estabelecer uma administração provisória para supervisionar os assuntos civis em Gaza, incluindo água, energia, cuidados de saúde e bancos.

A administração interina seria responsável ainda pela entrega do controle total de Gaza a uma AP reformada, além de conviver com tropas de nações parcerias, que teriam como objetivo “criar um ambiente seguro para os esforços humanitários e de reconstrução” na Faixa e evitar contrabando de armas para o Hamas.

Os Estados Unidos assumiriam, ainda, a tarefa de treinar a força de segurança palestina, até que a AP possa assumir a administração provisória da Palestina e reestabelecer a lei e a ordem no território.

No entanto, o governo de Israel informou que não vai permitir que a Autoridade Palestina assuma o controle de Gaza. Já o Hamas não informou se aceitaria que forças armadas estrangeiras supervisionem o território.

*Com informações da Al Jazeera.

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Last Update: 14/01/2025