Ao longo da última semana, a receita Federal informou que a nova onda de golpes aplicados por meios digitais envolve o pix. Os bandidos fizeram as vítimas acreditarem que movimentações acima de R$ 5 mil seriam taxadas pela Receita Federal.

Então, pelo WhatsApp, os golpistas enviavam um boleto falso aos cidadãos, que se não pagassem o valor, teriam o CPF bloqueado. 

Crédito: Reprodução/ EBC

A repercussão do caso foi tamanha que até o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gravou um vídeo em que faz um pix de R$ 1.013 para a vaquinha do Corinthians, a fim de reafirmar a segurança do meio de pagamento digital e desmentir as notícias falsas sobre taxação. 

O golpe do pix, no entanto, não é o único tipo de dinâmica criada por estelionatários para levar cidadãos ao erro e ao prejuízo financeiro. 

Outros dois golpes comuns são as ligações para a confirmação de compras não realizadas, em que uma suposta central de atendimento de instituições bancárias entram em contato com a vítima para informar a aquisição de produtos, geralmente de alto valor. 

Ao não reconhecer o gasto, a vítima é então atendida pelo criminoso e induzida a compartilhar informações confidenciais ao suposto atendente. Com tais dados, os golpistas realizam compras. 

Consumo

O segundo tipo de golpe digital bastante aplicado é o envio de boletos de contas de consumo falsas. Cartões de crédito, conta de energia supostamente vencida, encomendas internacionais retidas na Receita, cobrança falsa de tributos. Vale tudo para tentar tirar dinheiro das vítimas.

Para evitar golpes, a Receita Federal sugere desconfiar de mensagens suspeitas, evitar clicar em links ou baixar arquivos em mensagens de desconhecidos e verificar a autenticidade do canal de atendimento todas as vezes em que o consumidor receber um informe ou uma cobrança. 

Questionar o conteúdo das mensagens a partir de promessas milagrosas, cobranças sensacionalistas ou até erros de português, é outra medida recomendada para proteger o cidadão de golpes. 

Por fim, converse também com familiares e amigos, para checar a veracidade de tais informações. 

Reembolso?

Em casos de golpes em transferências Pix ou em gastos indevidos no cartão de crédito, a Executiva de Customer Experience do Digio, Joyce Pereira, afirmou que o reparo à vítima depende de análises dos bancos. 

“O consumidor vítima de golpe tem o direito de procurar a instituição financeira que possui relacionamento para notificar e buscar soluções sobre o ocorrido. O processo é conduzido sempre com o intuito de mediar a relação de consumo, além de informar os clientes sobre possíveis riscos e também os seus direitos”, diz.

Em caso de transferências por Pix, a devolução do valor é possível desde que o cliente acione o Mecanismo Especial de Devolução, previsto na Resolução BCB nº 103 de 8/6/2021.

“A partir deste processo, o banco recebedor da transação tem a possibilidade de bloquear os recursos mantidos na conta beneficiária, e é feita uma análise, que ficará condicionada à abertura e à conclusão, com a aceitação do participante prestador de serviço de pagamento do usuário recebedor”, continua a executiva.

Já em casos de compras não reconhecidas pelo cliente, este terá de registrar a informação em um Boletim de Ocorrência e solicitar o bloqueio do cartão. Após análise, o banco decide se o valor da compra será estornado ou não. 

Se, em alguns dos casos, a vítima não conseguir reverter a situação junto aos bancos, resta a ela registrar a reclamação na ouvidoria da instituição financeira e registrar queixa nos órgãos de Defesa do Consumidor, a exemplo do Procon, no site Consumidor.gov.br ou na ouvidoria do Banco Central.

*Com informações da EBC e assessoria de imprensa do Banco Dígio.

LEIA TAMBÉM:

Categorized in:

Governo Lula,

Last Update: 11/01/2025