Organizações da sociedade civil e políticos criticaram a decisão conservadora do Banco Central (BC) que manteve a taxa Selic em 10,5% ao ano, interrompendo o ciclo de queda dos juros básicos da economia.
Segundo eles, a manutenção dos juros prejudica a recuperação da economia, atrasa o desenvolvimento econômico e impede a geração de empregos e investimento em diversos setores produtivos do país.
O deputado federal Orlando Silva classificou a decisão como um “escândalo” e suspeitou da autonomia do presidente do BC, Roberto Campos Neto.
A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) classificou a decisão como injustificada e criticou a direção do BC por não ter uma abordagem mais flexível.
O economista Gustavo Cavarzan explicou que a Selic alta prejudica o governo com a meta fiscal, preterindo recursos para saúde e infraestrutura, por exemplo.
A CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) afirmou que a manutenção da taxa Selic só beneficia o mercado financeiro e restringe o potencial econômico do país.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) classificou a decisão como inadequada e excessivamente conservadora.
O economista-chefe da Apas, Felipe Queiroz, advertiu que a manutenção da taxa Selic em 10,5% ao ano pode produzir um efeito negativo sobre o consumo das famílias.
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