O governo brasileiro deve criar uma Frente Internacional para combater a desinformação, em uma das possíveis medidas para fazer frente às mudanças de diretrizes da Meta, que abandonou as políticas de checagem de fatos.
Em reunião, o presidente Lula discute com os ministros de governo as novas diretrizes que a empresa que controla o Facebook, o Instagram e o WhatsApp adotou na moderação de conteúdo.
Nesta terça (07), a empresa anunciou que vai atuar de forma semelhante ao X, antigo Twitter, com uma menor fiscalização na moderação dos conteúdos publicados, o que permitirá a maior divulgação de conteúdos falsos, as Fake News.
Entre as recentes mudanças, a Meta permite que pessoas LGBTQIA+ fossem acusadas de portar doenças mentais, um conceito arcaico e falso, além da divulgação de outras desinformações e preconceitos contra mulheres, imigrantes, entre outros.
Nesse sentido, uma das propostas que serão discutidas pelo governo bolsonaro é de se mobilizar junto a outros países, sobretudo com a União Europeia, para criar mecanismos de regulação das redes e impedir que as chamadas Big Techs tenham liberdades acima das regulamentações nacionais, de cada país.
Mas, para além das estratégias internacionais, o Brasil deverá atuar juridicamente para impedir que a Meta prejudique ou tente interferir no que a legislação brasileira estabelece. Assim, o governo brasileiro deverá criar espaços de discussão também junto ao Legislativo e no Supremo Tribunal Federal (STF).