A juíza Andréa Calado da Cruz, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, determinou nesta quinta-feira 9 o arquivamento da investigação contra o cantor Gusttavo Lima por suposta participação em organização criminosa responsável por lavar dinheiro oriundo de jogos ilegais.
O despacho também manda a Polícia Civil devolver os bens apreendidos durante as diligências da Operação Integration, deflagrada em setembro passado. Também são beneficiados pela decisão os empresários José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Rocha, donos da empresa VaideBet.
Calado acolheu os argumentos do Ministério Público, que sustentou não haver elementos suficientes para denunciar os três. A magistrada também mandou informar à Polícia Federal e à Capitania dos Portos que não há restrição de circulação contra o cantor e o casal. As defesas dos investigados ainda não comentaram a decisão. O espaço segue aberto.
Em dezembro, a juíza discordou de promotores que haviam defendido o fim da apuração contra o artista, afirmando que a posição do órgão decorria da falta de “análise cuidadosa das evidências que apontam para a continuidade da apuração dos fatos”. Apesar da divergência, ela mandou o caso à análise do procurador-geral Marcos Carvalho, que chancelou a manifestação inicial do MP.
Gusttavo Lima foi indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa pela Polícia Civil em setembro. A influenciadora Deolane Bezerra e sua mãe, Solange Bezerra, também são investigadas neste caso por suposto envolvimento com apostas ilegais.
Os investigadores afirmam que o cantor comercializou, por meio da sua empresa, um avião à Esportes da Sorte –companhia cujo dono, Darwin Henrique da Silva Filho, também figura entre os alvos da apuração.
Depois, a aeronave foi devolvida sob a justificativa de um defeito na turbina. Na sequência, os proprietários da VaideBet, outra empresa investigada no caso, compraram o avião.
A prisão do cantor chegou a ser decretada na Operação Integration, mas a determinação foi derrubada dias depois.