O McDonald’s anunciou que vai acabar com práticas voltadas à diversidade, seguindo o movimento de empresas americanas após a vitória de Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, e uma decisão da Suprema Corte do país que encerra ações afirmativas em admissões universitárias.
O recuo da empresa foi anunciado nesta segunda (6). As medidas incluem parar de pedir a fornecedores que se comprometam com os objetivos chamados DEI (diversidade, equidade e inclusão) e retirar a companhia de pesquisas externas que medem a diversidade corporativa.
“Estamos nos afastando do compromisso mútuo da rede de abastecimentos com o DEI a favor de uma discussão mais integrada com os fornecedores sobre a inclusão no que se refere ao desempenho comercial”, afirmou o McDonald’s em comunicado.
A empresa ainda decretou o fim do “estabelecimento de metas ambiciosas de representação e, em vez disso, manter o foco na manutenção de práticas de inclusão que permitam o desenvolvimento de nosso negócio nos nossos processos e operações diárias”.
Na lista de mudanças também há uma troca do nome do seu comitê de diversidade, que passará a ser chamado de “Equipe de Inclusão Global”. A companhia alega que a alteração é “mais alinhada com o trabalho desta equipe”.
As empresas americanas têm reformulado seus programas de apoio a minorias desde que a Suprema Corte dos Estados Unidos, de maioria conservadora, proibiu que universidades do país usem políticas de ações afirmativas para incentivar o ingresso de grupos minoritários em universidade, como considerar a raça dos candidatos em processos de admissão, por exemplo.
O fim das políticas de diversidade da empresa ocorre na mesma semana em que a Meta, empresa que controla o Facebook e o Instagram, anunciou o fim da checagem de posts nas plataformas e fez mudanças em suas diretrizes para dar mais espaço a discursos de ódio.
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