Ensino Médio: Relatora apresenta projeto que retoma 2,4 mil horas obrigatórias; “mais uma vitória”, diz Rui Oliveira

“Essa é mais uma vitória da resistência dos educadores e educadoras em Educação. Conseguimos o apoio do Ministério da Educação para reverter a forma original da carga horária, conforme aprovado na Câmara Federal. Continuaremos na luta por um Ensino Médio de qualidade para os estudantes brasileiros”, disse o professor Rui Oliveira, coordenador geral da APLB-Sindicato, sobre a retomada das 2,4 mil horas para as disciplinas obrigatórias do Ensino Médio no novo relatório apresentado nesta terça-feira (18/06) pela senadora Dorinha (União Brasil). A ação se deu após a senadora negociar seu texto com o Ministério da Educação (MEC).

Com a mudança de relatório, a Comissão de Educação adiou mais uma vez a votação da proposta. Agora, o projeto deve ser votado na quarta-feira (19/06) pelo colegiado. Depois ainda vai precisar passar pelo plenário do Senado. Após ser votado pelos senadores, o PL voltará à Câmara para nova análise, já que o texto sofreu alterações.

As 2,4 mil horas já foram chanceladas pela Câmara anteriormente. Com o recuo, voltou também a carga horária estabelecida pelos deputados do período para itinerários formativos: 600 horas. A relatora inicialmente havia proposto aumentar para 800.

Para chegar a um equilíbrio na negociação com o MEC, a relatora propõe em seu parecer que haja um aumento de carga horária para os alunos que optarem pelo ensino tradicional e o técnico simultaneamente de 3 mil para até 3.600 horas, a depender do curso, a partir de 2029.

Inicialmente, o projeto previa a redução da carga horária obrigatória para quem cursasse o técnico para 1,8 mil horas de disciplinas obrigatórias, mas Dorinha avaliou que a medida poderia causar “desigualdade” na formação do indivíduo.

Para que o sistema de ensino tenha um tempo de adaptação, fica autorizado pelo projeto, de 2025 a 2028, que as escolas usem o tempo mínimo de 2,2 mil horas de disciplinas obrigatórias, podendo utilizar até 400 horas desse tempo para disciplinas de cursos técnicos.

A relatoria também incluiu no seu texto a inclusão do espanhol como componente curricular.

A proposta é uma das prioridades do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) este ano no Congresso e o ministro da Educação, Camilo Santana, espera aprovar o texto antes do recesso parlamentar do meio do ano, que se inicia em 18 de julho.

 

APLB com informações do Metrópoles

Artigo Anterior

Ataques à Justiça do Trabalho são tema de novo episódio do videocast “Vozes da CLT”

Próximo Artigo

Streets of Brazil continue to erupt in fury against the “Child Pregnancy Bill”

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter por e-mail para receber as últimas publicações diretamente na sua caixa de entrada.
Não enviaremos spam!