Judiciário ataca famílias do assentamento Osvaldo de Oliveira

Há 14 anos na luta pela Reforma Agrária, as 63 famílias assentadas do Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Osvaldo de Oliveira, localizado no distrito Córrego do Ouro, em Macaé-RJ, norte fluminense, enfrentam mais uma vez ameaça de despejo e criminalização social.

O desembargador Marcelo Pereira da Silva, do TRF2, tem reiteradamente ordenado o despejo de assentados. Suas decisões violam a Constituição de 1988, desconsideram a legislação e contrariam tribunais superiores, como o STJ, que já havia suspendido a remoção forçada por entender que a decisão original extrapolava os limites da ação.

Recentemente, o desembargador negou a transferência do caso para a Comissão de Soluções Fundiárias do TRF2, ignorando a ADPF 828 do STF e a Resolução 510 do CNJ, que garantem a dignidade em despejos coletivos. Em resposta, o INCRA apresentou uma reclamação ao STJ, que resultou na suspensão temporária da reintegração de posse pela Ministra Regina Helena Costa. Apesar desse avanço, o risco de despejo persiste.

A ação permanente do desembargador deixa claro que ele está agindo a serviço dos latifundiários locais que querem roubar as terras dos assentados. O Judiciário apenas está derrubando suas decisões devido a força do movimento dos sem terra, o que mostra que a luta não pode parar.

Mas o caso é importante para revelar que apenas com o fim do latifúndio no Brasil será possível garantir a vitória dos sem terra. Enquanto existirem latifundiários os assentamentos estarão sempre sob ameaça de despejo e invasão.

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